Simbolo da luta contra o fogo no pantanal, onça-pintada Antã morre quase um mês após ser resgatada
Antã, a onça-pintada que havia sido resgatado no dia 17 de agosto dos incêndios florestais que atingiram a região do Passo do Lontra, em Miranda, teve a morte confirmada nessa quinta-feira (12) pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
O felino foi encontrado em estado crítico, com sinais evidentes de debilidade, desnutrição e exaustão, com peso de 72 kg, bem abaixo dos 100 kg esperados. Acredita-se que tenha sido resultado da falta de alimento em uma área devastada pelo fogo no pantanal.
Antã foi levado ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande. Segundo o Imasul, o estado de saúde foi agravado por complicações internas, incluindo parasitas do sangue, anemia, desidratação e inflamação na bexiga, além de queimaduras de terceiro grau nas patas.
A equipe do Imasul, juntamente com os especialistas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), fizeram grande esforço para o tratamento, que incluiu soro fisiológico, pomadas cicatrizantes, ozonioterapia e laser terapia.
Apesar dessas intervenções, o estado de saúde não melhorou e na quarta-feira, enquanto se preparava para continuar o tratamento, Antã sofreu uma parada cardíaca súbita. Apesar das manobras de reanimação, o felino não sobreviveu.
O corpo foi encaminhado para necropsia e aguarda análise histológica para um laudo definitivo.