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Sesau prevê investimentos em 2023 para fortalecer desde a rede de informática até a revitalização de unidades de saúde

A Prefeitura de Campo Grande espera investir cerca de R$ 20 milhões na área da saúde ao longo deste ano de 2023. O montante será para a compra de equipamentos e reestruturação de toda a rede de informática, o que irá refletir diretamente na melhoria dos serviços, auxiliar nos processos internos e trazer benefícios no atendimento.

Além disso, conforme o planejamento estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) serão completamente reformadas com o objetivo de solucionar problemas estruturais crônicos e melhorar as condições de trabalho para os servidores e o acolhimento ao paciente.

Estão previstas ainda as reformas dos quatros Centros Regionais de Saúde (Sesau), do Centro de Especialidades Médicas (CEM), das bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além da retomada das obras de construção da USF (Unidade de Saúde da Família) do bairro Jardim Perdizes.

A Sesau também prevê a implementação do primeiro Centro de Estudos Municipal de Saúde voltado à capacitação e formação de profissionais da área da saúde. O espaço contará com área total de 430,00 m2, onde serão implantadas sala de informática,  biblioteca, salas de aula, sala de reunião, além da recepção e salas administrativas.

Balanço de 2022

No ano passado, 10 unidades de Saúde foram completamente revitalizadas, recebendo pintura externa e interna, reparos no telhado, parte elétrica e hidráulica, adequações de acessibilidade, entre outras melhorias.

O Centro de Doenças Infectoparasitárias (CEDIP) foi reestruturado, com ampliação da farmácia e beneficiando mais de 3 mil pacientes que são atendidos no local. Localizado no complexo de saúde do Nova Bahia, o CEDIP é composto por três unidades: Serviço Ambulatorial Especializado, Atendimento Domiciliar Terapêutico e Hospital Dia.

Foram entregues as unidade de saúde dos bairros Santa Emília e Jardim Presidente. A Rede Municipal de Saúde recebeu 17 mil itens novos de enxoval, entre toalhas, lençóis, cobertores, entre outros. O atendimento a pessoas em sofrimento mental foi ampliado com a abertura da 4ª Residência Terapêutica tipo II, no Bairro Monte Líbano.

O serviço de Teleinterconsulta foi expandido passando a integrar a rotina de 10 unidades de saúde e a oferecer atendimentos em três especialidades: cardiologia, psiquiatria e nefrologia, com o objetivo de  ampliar o acesso dos pacientes. O serviço já acontece nas Moreninhas, Tiradentes, Batistão, Coophavilla, Parque do Sol, Itamaracá, Vida Nova, Noroeste, Oliveira e Santa Emília.

Os convênios para realização de cirurgias eletivas foram ampliados, beneficiando milhares de pessoas que estavam na fila de espera. Somente com o Hospital Adventista do Pênfigo foram executadas 240 cirurgias eletivas por mês de trauma ortopédico eletivo (TOE) e cirurgias do aparelho digestivo. No Hospital São Julião foi realizado mutirão de retinopatia diabética, atendendo 800 pacientes e zerando a fila de espera.

A oferta de exames de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia e doppler obstétrico na Rede Municipal de Saúde foi ampliado com a aquisição de um novo equipamento de ultrassom para o Centro de Atendimento à Mulher (CEAM), passando a ofertar mais 52 exames por mês.

O combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – foi intensificado com a campanha Operação Mosquito Zero, que mobilizou todas as secretarias e órgãos municipais. Mais de 87 mil imóveis foram vistoriados. O trabalho contribuiu para que Campo Grande mantivesse baixos índices de notificações das doenças transmitidas pelo mosquito. Há dois anos a Capital não enfrenta uma nova epidemia de dengue.

Ainda sobre a dengue, Campo Grande se tornou referência mundial ao implementar o método Wolbachia, o “Wolbito em Casa”. Cerca de 3 mil alunos, de 17 escolas municipais, estão envolvidos no projeto. O projeto já está em sua sexta e última fase de liberação de mosquitos com a bactéria de mesmo nome, capaz de inibir a transmissão destas doenças.

Na natureza, os chamados “Wolbitos” se reproduzem com os mosquitos selvagens criando uma população de mosquitos incapazes de transmitir a dengue, zika e a chikungunya, contribuindo assim para o controle destas doenças.

Na contramão de outras capitais e do Estado, Campo Grande registrou redução recorde nos casos de dengue, se comparado com os últimos quatro anos. Os índices atuais são considerados satisfatórios. O resultado é reflexo das ações desenvolvidas pelo Município mesmo durante o período de pandemia.

Atualmente, o Município conta com 73 unidades básicas e de saúde da família e a sexta maior cobertura de saúde da família entre as capitais. A implementação das maiores residências médica e multiprofissional em saúde da família do país também foram preponderantes no processo de fortalecimento da Atenção Primária.

Nos últimos dois anos, mais de 1,4 mil novos profissionais de saúde aprovados em concurso foram convocados, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, administrativos, entre outros. O quantitativo é mais que o dobro das 633 vagas previstas no edital. O Município conseguiu a habilitação no Ministério da Saúde de diversos serviços, desde a Atenção Básica à Especializada, assegurando um aporte anual de R$ 60 milhões.

O serviço de Teleantendimento instituído durante a pandemia de Covid-19, em 2020, foi ampliado passando a fazer o monitoramento de pacientes com suspeita de Monkeypox. A ferramenta foi implementada para atendimento de casos suspeitos de Covid-19 e outras SRAG e foi recentemente ampliado para atender também os casos da varíola. Sem sair de casa, os pacientes com suspeita da doença podem receber orientações e ser atendidos por um médico.

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