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Servidores da Receita em Mato Grosso do Sul pedem exoneração após aprovação do orçamento de 2022

Nove auditores e analistas da Receita Federal que atuam em cargos de confiança como chefes do órgão em Mato Grosso do Sul pediram exoneração nesta quarta-feira (22).

Entregaram os cargos sete servidores da alfândega em Corumbá, que atuam na liberação de mercadorias na fronteira do Brasil com a Bolívia, e dois que atuam na análise da malha fina do Imposto de Renda, em Campo Grande.

O Ministério da Economia informou que não vai se manifestar.

Na carta de exoneração, os auditores e analistas da alfândega de Corumbá ressaltam que a solicitação ocorre em “apoio às diversas ações da mesma natureza” que estão ocorrendo no país e que se encontram “perplexos com o descaso com a classe e com o órgão por parte do governo federal”.

Carta de exoneração encaminhada pelas chefias da alfândega da Receita em Corumbá a superintendência do órgão — Foto: Reprodução/g1 MS
“Foram R$ 1,2 bilhão a menos do orçamento de 2022, sendo R$ 600 milhões somente para a área de TI. Sem esses recursos não teremos concursos externos e nem como assegurar o funcionamento de todos os sistemas do órgão”, alertou.

O presidente do Sindifisco Nacional MS, diz que também houve o descumprimento pelo governo federal de um acordo de 2016 para o pagamento de um bônus de eficiência.

“Foi uma demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária que tem se empenhado muito para promover a sustentação financeira do país”, analisou, completando que diante desta verdadeira “humilhação institucional”, o Sindifisco Nacional fez um chamamento institucional a toda a classe para a entrega maciça das funções e cargos de chefia, além da paralisação imediata de todo os trabalhos.

Segundo a vice-presidente do Sindifisco Nacional MS, Yone de Oliveira, o movimento de entrega dos cargos que começou na segunda-feira (20) vem ganhando força e ainda nesta quarta-feira é aguardada a adesão também das chefias de alfândega da Receita Federal em Ponta Porã.

Ela destacou ainda que as exonerações devem afetar diretamente o trabalho da Receita e citou, o exemplo, da análise das declarações do Imposto de Renda, que pode ser prejudicada com a saída dos cargos do supervisor e do supervisor substituto da “malha”, em Campo Grande.

Entregaram pedidos de exoneração:

  • Erivelto Moyses Torrico Alencar, Delegado da ALF/COR
  • Ricardo Takeharu Suzuki, Delegado Adjunto da ALF/COR
  • Arthur Wamberth dos Santos e Silva, Chefe da Equipe Aduaneira 01 (EAD1) e Chefe Substituto da Seção de Vigilância Aduaneira (SAVIG)
  • Márcio Lázaro Mamede, Chefe da Equipe Aduaneira 02 (EAD2)
  • Filipe Zangarine Quadrado, Chefe Substituto da Equipe Aduaneira 02 (EAD2)
  • Silvane Maria Drumond Avelino, Chefe da Seção de Gestão Corporativa (SACOR)
  • Michelle Jimenez da Costa, Chefe da Equipe de Mercadorias Apreendidas (EMA)
  • Marcos André Más – Supervisor Substituto Malha IRPF Campo Grande
  • Gilson Ishikawa – Supervisor da Malha IRPF Campo Grande

*Por G1 MS

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