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Semed apura denúncia de briga e assédio entre alunos de seis anos em escola da Capital

Um possível caso de violência ocorrido dentro de uma escola pública de Campo Grande foi denunciado nesta sexta-feira (3), após os pais de uma criança de apenas seis anos desconfiarem que o filho estaria sofrendo com algum tipo de agressão dentro da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, localizada no bairro Estrela Dalva, onde estuda. De acordo com as informações, os responsáveis estiveram reunidos com a direção da unidade escolar, onde debateram os fatos e o caso foi registrado em ata e agora está sendo apurado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Consta que os pais do garoto perceberam certa mudança no comportamento da criança ao longo do último mês. Além disso, o filho teria aparecido em casa com uma lesão na cabeça, a qual a vítima justificou que tinha caído quando estava correndo. No entanto, de uns dias para cá a criança passou a pedir para mudar de escola e isso levantou a suspeita da família para que algo de errado estivesse ocorrendo.

Na quarta-feira (1º), a criança chegou em casa com a boca inchada e um corte, e mais uma vez ele alegou que tinha caído e se machucado. No dia seguinte, se recusou ir para a escola e não quis comer, além de permanecer em silêncio o tempo todo dentro de casa. Durante a noite, a mãe conversou com o filho, que então revelou estar sendo vítima de agressão por parte de outros alunos de sua turma, também de seis anos de idade.

O menino ainda revelou que não contou antes para a mãe porque os colegas o ameaçaram. Ainda conforme a versão da vítima, no dia em que chegou em casa com a boca cortada ele tinha sido derrubado no chão e pisoteado pelos alunos. Em seguida, um dos agressores abaixou as calças dele e teria tentado o molestar, porém, não teria conseguido e então o menino levou uma cotovelada.

Diante da revelação do caso, a mãe procurou a direção escolar e uma reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (03), entretanto, conforme denuncia a mãe da vítima, a reunião foi apenas entre eles e não envolveu os pais dos meninos agressores e nem mesmo o Conselho Tutelar. Ainda conforme a versão dela, nenhuma providência teria sido tomada até então.

Por meio de nota, a Semed informou que está acompanhando o caso, mas ressaltou a idade dos envolvidos e citou que o caso não configura crime. “O aluno em questão foi encaminhado para acompanhamento na Unidade de Saúde e também para a Coordenadoria de Psicologia e Assistência Educacional (CPAE), da SEMED. O aluno não apresentou nenhuma lesão aparente e estava há vários dias sem frequentar as aulas. O caso está sendo monitorado e acompanhado e a Secretaria, assim como a escola, está dando todo o suporte necessário. O caso também será encaminhado ao Conselho Tutelar, que tomará as providências que lhe cabe. Cumpre esclarecer que o aluno, assim como os supostos agressores, têm apenas seis anos de idade e mesmo que o fato seja confirmado, não configura crime”, cita o comunicado.

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