DestaquesSaúde

Idoso em Campo Grande está internado com suspeita de Fungo Negro

A Secretaria de Estado de Saúde informou na noite de terça-feira (01) que recebeu uma notificação de provável caso de mucormicose, também conhecido como Fungo Negro, em um paciente detectado para Covid-19 em Campo Grande.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) foi notificado na segunda-feira (31). O Paciente, identificado apenas pelas iniciais C.E.D.S., de 71 anos, é residente de Campo Grande e tem como comorbidades Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica.

O idoso tem ainda histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com início de sintomas em 09/05/2021. No dia 18/05/2021, foi internado na UTI e realizou o teste RT-PCR detectável para Covid-19 após apresentar sintomas como febre, dor de garganta, dispneia, desconforto respiratório, saturação O2<95%, fadiga, anosmia e ageusia.

A SES disse que o paciente foi imunizado para Covid-19 em 23/03 e 23/04/2021, ou seja, já tomou as duas doses.

Passado este período, no dia 28/05 teve a suspeita de mucormicose no olho esquerdo com equimose palpebral intensa e lesão necrótica superior poupando a borda, apresentando quemose conjuntival sanguinolenta e úlcera corneana.

Atualmente, o paciente está internado  com ventilação mecânica., instável hemodinamicamente, sem condições para transferência para instituição de maior complexidade.

Fungo Negro

O termo mucormicose é usado para se referir a toda infecção fúngica causada por fungo da classe Zygomycetes e ordem Mucorales. As pessoas contraem mucormicose entrando em contato com os esporos fúngicos no ambiente. Por exemplo, as formas pulmonares ou sinusais da infecção podem ocorrer depois que alguém respira em esporos.

Essas formas de mucormicose geralmente ocorrem em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças.

A progressão da doença leva a uma sequência de sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica.

Há a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.

O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho.

A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa.

Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.

Deixe um comentário