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Relatório aponta que a desigualdade salarial entre mulheres e homens, em MS, é de 27,11%

Em Mato Grosso do Sul, as mulheres ganham 27,11% a menos do que os homens. A informação é do 2º Relatório de Transparência Salarial, produzido pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres.

Em números reais, no caso de MS, a remuneração média dos homens é de R$ 3.692,81, enquanto a das mulheres é de R$ 2.691,86. Essa diferença varia conforme o grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 39,3%.

No total, 615 empresas responderam ao questionário que, juntas, somam 212,4 mil pessoas empregadas em Mato Grosso do Sul, segundo o relatório, divulgado no último dia 18 deste mês.

Em março, quando foi divulgado o primeiro relatório, apontou-se que as mulheres recebiam 67,4% do salário pago aos homens no estado, ou 32,6% a menos. No primeiro ciclo, 580 empresas enviaram informações referentes a 199 mil pessoas empregadas.

No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é ligeiramente maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 39,6 mil e 36 mil, respectivamente.

Contudo, mulheres negras recebem, em média, 22,45% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 17,15%.

Além disso, 61,7% das empresas possuem planos de cargos e salários; 30,5% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 36,7% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 23,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 18,8% dos estabelecimentos contam com a política.

O estudo

O levantamento foi construído com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da Lei nº 14.611/2023.

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência).

No Brasil, as mulheres ganham 20,7% a menos do que os homens, conforme o 2º Relatório de Transparência Salarial. No total, 50.692 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia conforme o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 27%.

As mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.745,76, a da não negra é de R$ 4.249,71, diferença de 54,7%.

No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.493,59 e os não negros, R$ 5.464,29, o equivalente a 56,4%.