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Rebelião em presídio deixa 52 mortos no Pará; 16 foram decapitados

Uma rebelião ocorrida na manhã de hoje (29) deixou 52 detentos mortos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará. De acordo com a  Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), o conflito começou por volta das 7h, quando um grupo de presos invadiu a ala de uma facção rival. 

De acordo com informações divulgadas, os presos chegaram a colocar fogo em parte da ala. Dentre os mortos, 16 foram decaptados e o restante teria morrido por asfixia, devido ao incêndio. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro Sergio Moro está acompanhando o caso, já conversou com o governador do Pará, Helder Barbalho, e deve tratar do assunto novamente em uma reunião nesta tarde.

Presídio condenado pela Justiça

Uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feita neste mês de julho constatou que o Centro de Recuperação de Altamira está superlotado e em condições “péssimas”. Nesta segunda-feira (29), 52 presos foram assassinados durante uma rebelião no local; 36 delas morreram asfixiadas e 16 decapitadas, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).

De acordo com os dados do CNJ, a unidade tem capacidade para 163 presos (o governo do Pará fala em capacidade para 200 presos), mas abrigava, até esta segunda, 343 detentos em regime fechado.

Segundo o juiz responsável pela inspeção, cujo nome não aparece no relatório, “a quantidade de agentes (…) é reduzido frente ao número de custodiados, o qual já está em vias de ultrapassar o dobro da capacidade projetada”. Aponta ainda “necessidade de nova unidade prisional urgente e aumento do número de agentes penitenciários, com o fortalecimento da segurança da unidade”.

A íntegra do relatório está aqui.

Trecho de relatório do CNJ sobre presídio onde houve rebelião em Altamira — Foto: Reprodução/G1
Trecho de relatório do CNJ sobre presídio onde houve rebelião em Altamira — Foto: Reprodução/G1

 

*Por Agência Brasil e G1

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