Rebaixamento do Corumbaense leva deputado a pedir CPI da FFMS

Após ver o Corumbaense ser rebaixado no ‘tapetão’, o deputado estadual Evander Vendramini (Progressistas) sugeriu na Assembleia Legislativa, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (12), a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e o seu presidente, Francisco Cezário, que está no posto há mais de 20 anos.

Evander disse na tribuna da Casa que a entidade futebolística recebe recursos públicos e mesmo assim não apresenta nenhuma prestação de contas ao torcedor. “Quero sugerir uma investigação à atual gestão da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, que recebe um repasse mensal da CBF [Confederação Brasileira de Futebol] e não tem prestação de contas de onde é aplicado os recursos. Recebe-se as taxas dos campeonatos, rendas dos estádios e não se justifica, não demonstra aonde é investido e tenho certeza que indo para o futebol do Nato Grosso do Sul não está. Vai ter que explicar item por item”.

O parlamentar comentou com os colegas que assistiu o julgamento do Carijó da Avenida na noite de quarta-feira (11) na Câmara Municipal de Campo Grande. O clube foi punido pela escalação irregular de um jogador em três jogos e acabou perdendo 16 pontos por determinação do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/MS). Com isso, o time que ocupava a oitava colocação do Campeonato Sul-mato-grossense com oito pontos acabou obtendo saldo negativo de -8, na última posição e rebaixado para segunda divisão estadual.

“Eu fui lá participar ontem e, para a surpresa de todos, a denúncia, que pedia nove jogos de suspensão foi mudada e a promotoria na hora pediu pena de 16 pontos no campeonato, para o espanto de todos”, explicou. Conforme Evander foi pedido adiamento do julgamento para que fosse refeita a defesa. “A sessão foi suspensa, os pares se reuniram em sala fechada. Não sabemos o que foi tratado, mas ao voltar não deram o prazo, julgaram e puniram o Corumbaense para perder 16 pontos. Isso é uma aberração jurídica”, completou.