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Radicalização? Prefeito determina paralisação do transporte público

Após cortar temporariamente a gratuidade do passe de ônibus dos idosos e estudantes, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), partiu para a radicalização geral e determinou a suspensão da circulação do transporte público na cidade pelos próximos 15 dias, a contar deste sábado (21).

A iniciativa, é claro, visa prevenir o avanço do novo coronavírus. Entretanto, a medida foi bastante criticada pela população, principalmente por àqueles que dependem do serviço para irem ao trabalho ou até mesmo para uma unidade de saúde.

Vale lembrar que Campo Grande, apesar de já ter 11 casos confirmados da doença, ainda não obteve nenhum registro de transmissão comunitária (quando a fonte da transmissão é desconhecida). Exatamente por isso se questiona a real necessidade de suspender o transporte público, uma vez que a situação na cidade ainda está sob controle.

Anteriormente, o próprio gestor havia garantido a continuidade do serviço e que só tomaria tal decisão da suspensão em caso de maior necessidade.

O anúncio da paralisação dos ônibus aconteceu nesta sexta-feira (20), por meio das redes sociais o prefeito Marcos Trad disse que o ato tem como medida controlar a disseminação do coronavírus. Ao longo dessa semana, a Prefeitura já determinou o fechamento de todas as praças, parques e áreas públicas, além de centros comerciais, pontos turísticos, feiras e shoppings.

Na live, o prefeito explicou que não havia sentido em proibir aglomerações de mais de mais 20 pessoas se em um único ônibus são transportadas ao mesmo tempo mais de 60 pessoas. Conforme explicou, na garagem de cada empresa de ônibus ficará um coletivo de plantão, em regime de 24 horas, para atender condições excepcionais, principalmente de pessoas doentes que precisem ser transportadas com urgência.

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Ainda segundo Marcos Trad, as medidas adotadas anteriormente para evitar aglomerações não foram eficientes e muitas pessoas têm aproveitado o fechamento de seus locais de trabalho e das escolas para passear quando a recomendação máxima é para que fiquem dentro de casa em regime de quarentena.

Nas redes sociais, a decisão recebeu elogios e críticas. Enquanto alguns parabenizavam pela iniciativa antecedendo algo pior outros questionavam como iriam fazer para ir até o local de trabalho, uma vez que nem todas as empresas dispensaram os empregados, como os mercados, farmácias e indústrias.

Outros também indagaram sobre como irão fazer para ir até os locais de vacinação da campanha contra o vírus Influenza, que tem início na próxima semana.

Outra medida anunciada foi o fechamento do terminal rodoviário de Campo Grande a partir do dia 24, por um período de 20 dias. Segundo o gestor, pelo menos um caso positivo de coronavírus foi confirmado em uma pessoa que desembarcou no local.

Mato Grosso do Sul tem, segundo boletim divulgado na tarde desta sexta-feira (20), 12 casos confirmados de coronavírus, sendo 11 em Campo Grande e 1 em Sidrolândia.

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