PT aposta no quadro legislativo para voltar a ser forte em MS
É buscando eleger um grande número de vereadores na maior quantidade de municípios possíveis que o PT planeja a sua retomada aos grandes holofotes sul-mato-grossenses. A agremiação já tem cerca de 700 pré-candidatos ao quadro Legislativo, sendo que 44 destes vão tentar em Campo Grande.
O pleito deste ano será uma eleição diferenciada, primeiro porque não será mais permitido a composição de coligações para eleger vereadores e, segundo, será a primeira na era ‘Bolsonariana’. Em 2018, vários nomes (muitos até desconhecidos) conseguiram se eleger graças ao apoio do presidente da República.
O PT vem com aquelas bandeiras já conhecidas de seus seguidores, especialmente de forças sindicais. Entretanto, em 2020 a sigla não terá suas principais estrelas do passado glorioso em MS vivido entre o final dos anos 90 e o inicio de 2.000. Zeca, Alex e Amarildo Cruz não concorreram em canto algum do Estado.
O atual vereador e único do PT na Câmara Municipal de Campo Grande Airton Araújo vai buscar a reeleição. Para engrossar a chapa, nomes populares como o do ex-BBB Mamão, o da ex-vereadora Luíza Ribeiro (que deixou o PP) e da transsexual Kenfy, representam a esperança do partido em ampliar o atual número para até dois ou três representantes.
Disputa pelas Prefeituras em MS
Quanto a disputa das Prefeituras, o PT já não demonstra ter àquele glamour de outrora. Até o momento 23 nomes são dados como certos. As principais apostas vão para Vladimir, presidente da Câmara Municipal e que tentará a Prefeitura de Coxim; o ex-candidato ao governo Humberto Amaducci, em Mundo Novo; Luciene, que foi candidata a vice junto de Amaducci e que buscará a Prefeitura de Três Lagoas; o professor João Carlos, em Dourados e a professora Lígia, em Corumbá.
Em Campo Grande, o nome escolhido foi o do deputado Pedro Kemp. No sábado (13), em um encontro regional da sigla promovida de forma online por conta da pandemia do novo coronavírus, o PT voltou a martelar o nome do parlamentar para a disputa local. O vice deve vir dos partidos aliados PSOL, PCO e do Movimento 65.
O presidente do diretório municipal do PT em Campo Grande, Agamenon Rodrigues, diz que a escolha por Kemp é decorrente de sua liderança expressiva dentro do partido. “Seu nome extrapola as hostes petistas e é uma liderança que não fala apenas para o partido, mas dialoga com a sociedade”, explicou.
A convenção do PT em Mato Grosso do Sul ainda não tem data definida. Na verdade, até mesmo a realização das eleições municipais deste ano não têm uma data certa, já que se prevê o adiamento para o mês de dezembro também por conta dos efeitos do vírus no País.