Processo dividido faz André Puccinelli virar réu em 4 ações
A Justiça Federal em Campo Grande dividiu em cinco processos a ação contra o ex-governador André Puccinelli (MDB) e outros 12 acusados, por supostas fraudes em licitações e outras irregularidades que teriam sido cometidas quando ele administrava Mato Grosso do Sul e que foram alvo de várias fases da operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal.
Segundo a decisão que desmembrou o processo, que é de terça-feira (21), a ação incluía um extenso conjunto de crimes vinculados, o que inviabilizaria, pela multiplicidade e complexidade dos fatos, a tramitação conjunta.
Das cinco novas ações, o ex-governador é réu em quatro. Ele responde por organização criminosa, fraude nas obras de saneamento ligadas a avenida Lúdio Coelho, no trecho entre a avenida Duque de Caixas e a rua Antônio Bandeira; fraude nas obras da rodovia MS-430 e por recebimento de vantagens indevidas ao usar a aeronave dos empresários João Alberto Kampre Amorim e João Roberto Baird.
Em 2018, Puccinelli chegou a ficar 5 meses preso no Centro de Triagem em Campo Grande, no desdobramento da quinta fase da Lama Asfáltica. Ele foi preso em 20 de julho e foi solto em 19 de dezembro, com uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A defesa de André Puccinelli informou que ainda não tem conhecimento da decisão que desmembrou os processos.
Além do ex-governador estão entre os réus das ações o ex-secretário de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto e o empresário João Alberto Kampre Amorim.
Giroto responde pelas mesmas acusações de Puccinelli. A reportagem tentou contato com a defesa do ex-deputado, mas até a última atualização não conseguiu.
Já o empresário João Alberto Kampre Amorim passa a responder por organização criminosa e fraudes nas obras da avenida Lúdio Coelho e da rodovia MS-430. O advogado que o defende disse que ele nega os crimes apontados pelo Ministério Público Estadual e que as perícias vão demonstrar que as obras citadas foram executadas regularmente.
* Por G1 MS