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Prefeita diz que está ‘trabalhando pelo bem do usuário’ e que ainda não sabe quando o passe será reajustado

A discussão sobre o reajuste do valor da tarifa do transporte público em Campo Grande ainda não chegou ao fim e não é possível afirmar quando o aumento será aplicado e tão pouco qual será o novo valor que o consumidor final terá que pagar.

No próximo dia 1º de março se completará um ano desde que o último aumento começou a vigorar, na ocasião, houve um reajuste de R$ 0,25, passando de R$ 4,40 para os atuais R$ 4,65. Para 2024, o Consórcio Guaicurus pede aumento amplo, passando para R$ 8,00.

O grupo sustenta que a atualização anual da tarifa deveria ter acontecido no mês de outubro de 2023, quando o contrato com a Prefeitura de Campo Grande completa o ciclo de 1 ano. Porém, desde então as partes não chegaram a um consenso.

Nessa segunda-feira (26), a prefeita Adriane Lopes (PP) foi questionada pela imprensa sobre a situação e ela adiantou que ainda não há uma conclusão, colocando a culpa na judicialização do processo.

“A nossa equipe está sentando, conversando, ouvindo, porque sugestões vêm a todo momento. A Câmara tem feito sugestões, o Executivo [estadual] também, e toda sugestão é bem-vinda, mas ainda não há uma conclusão sobre essa pauta”, afirmou.

Além disso, a prefeita adiantou que está fazendo o melhor para não prejudicar a vida da população que depende do transporte público. “Desde que assumi a gestão da Prefeitura, trabalho para que o impacto na vida dos usuários seja o menor possível”.

Ainda segundo Adriane Lopes, a proposta era de subir para quase R$ 8,00. “Como joga isso para o colo do usuário do transporte? O Consórcio pensa de uma forma e o Município de outra. Estamos trabalhando para ser o menor valor possível”, concluiu a prefeita.

A Prefeitura e o Consórcio Guaicurus estão travando uma briga na Justiça para reaver os valores contratuais da prestação do serviço público. O coletivo de empresas de viação sustenta que o custo está muito alto e que enfrenta uma crise financeira.

Por outro lado, o Município alega que as empresas não estão cumprindo com algumas cláusulas do contrato, como a renovação da frota em circulação e ônibus com o sistema de ar-condicionado, entre outros pontos.

Além da briga pelo aumento anual do passe de ônibus, o Consórcio Guaicurus também está cobrando na Justiça uma segunda modalidade de reajuste da tarifa, que seria referente a um período contratual de 7 anos.

Neste mês de fevereiro, houve a decisão do presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins, na qual suspendeu a recomposição da tarifa contratual, essa de 7 anos, mas manteve o reajuste anual e que não foi aplicado desde outubro de 2023.