Preço da cesta básica tem redução de -2,43% em Campo Grande, diz pesquisa do DIEESE

O custo da cesta básica em Campo Grande sofreu uma redução de -2,43% em março, na comparação com o mês anterior. A informação foi divulgada dessa quinta-feira (04) pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Essa foi a terceira maior redução entre as capitais do País, ficando atrás somente do Rio de Janeiro (RJ), com -2,47%, e de Porto Alegre (RS), que também teve queda de -2,43%.

Campo Grande tem a sexta cesta básica mais cara do País, custando ao consumidor R$ 730,02. Já o valor do conjunto de alimentos essenciais para uma família composta por quatro pessoas foi orçado pelo DIEESE em R$ 2.190,06 na capital sul-mato-grossense.

Além disso, conforme os dados divulgados, são necessários 113h44 de trabalho para conseguir pagar pela cesta. O valor representa 55,89% de um salário mínimo atual, que é de R$ 1.412,00.

Ao longo dos últimos 12 meses, para efeitos de comparação, o valor da cesta em Campo Grande aumentou 1,51% e durante os três primeiros meses de 2024 o reajuste foi de 4,63%.

Preço dos produtos

A pesquisa do DIEESE mostrou ainda que o preço do tomate aumentou 3,09% no último mês em Campo Grande. O motivo para isso está nas variações climáticas, que têm contribuído desde o ano anterior para oscilações no preço do fruto.

Em março do ano passado, um quilo do tomate era comercializado a R$ 6,19 em média. Fechando o primeiro trimestre de 2024, o preço médio ficou na casa dos R$ 7,67, variação de 23,91% em 12 meses.

A manteiga aumentou 3,04%, acompanhando o novo aumento do leite de caixinha, de 2,48%. Em 12 meses, as variações são opostas: retração de (-6,64%) da bebida e aumento de 3,23% para o derivado.

O preço médio desses itens reflete essa trajetória moderada, pois o leite passou de R$ 5,72 (2023) para R$ 5,34, e a manteiga passou de R$ 13,06 (2023) para R$ 13,48 nesse ano.

Já entre os itens que tiveram redução de valor, a carne bovina teve queda de -8,54% ao longo dos últimos 12 meses. Com preço médio de R$ 38,66 o quilo, registrado em março de 2023, a proteína apresentou custo de R$ 35,36 em média, para o mesmo mês de 2024.

O preço do quilo da batata caiu -24,22% e contribuiu para a queda da cesta básica. Enquanto o excesso de chuvas em fevereiro atrapalhou o plantio, e fez com que o preço médio do quilo do tubérculo alcançasse R$ 8,92, as chuvas de março contribuindo para a melhora da produtividade e queda do preço, que apresentou média de R$ 6,76.

A redução pode ser explicada pelo aumento da oferta, causado pelo atraso no plantio, devido ao excesso de chuvas. Depois, com a diminuição das chuvas, houve melhora na produtividade.

Outras reduções foram observadas nos preços de banana (-6,25%), arroz (-5,46%), feijão carioquinha (-4,60%), açúcar cristal (-2,54%), óleo de soja (-2,37%), farinha de trigo (-2,24%), pão francês (-0,19%) e café em pó (-0,19%).