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Polícia lacra bancas usadas para apostas do Jogo do Bicho em Campo Grande

Uma operação da Polícia Civil começou a lacrar nesta quarta-feira (23) as clássicas bancas do jogo do bicho em Campo Grande. Batizada de “Black Cat”, a ação tinha a previsão de ocorrer na quinta-feira (24), no entanto, houve vazamento de informações e os organizadores da jogatina orientaram os bicheiros a fecharem as portas. Por conta disso, foi necessário adiantar a operação.

De acordo com as últimas informações, quatro pessoas foram interrogadas na sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), responsável pela operação. A operação é a quarta fase da Omertà, que predeu membros da Família Name, entre eles o empresário e dono do jogo do bicho Jamil Name.

A Polícia Civil não passou detalhes da operação, como o número de mandados judiciais a serem cumpridos ou apreensões realizadas. No entanto, todas as bancas utilizadas como ponto de apostas para o jogo do bicho encontradas abertas pela policia foram lacradas e interditadas com fitas de isolamento.

Conforme o apurado, o motivo para a interdição das banquinhas seria por conta do uso inadequado do espaço das calçadas. O jogo do bicho não é um crime previsto no código penal brasileiro, mas é ilegal especialmente por conta das questões tributárias, além de não ter autorização do Poder Público para o seu funcionamento.

Já foram presos nas fases anteriores da Omertà os bicheiros Jamil Name e Jamil Name Filho; o ex-deputado e conselheiro do TCE/MS, Jerson Domingues; o delegado de polícia Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios); o investigador  Célio Rodrigues Monteiro; Benevides Cândido Pereira, conhecido como ‘Benê’; Cinthya Name Belli; Everaldo Monteiro de Assis; Lucas Silva Costa, conhecido como ‘Lukinhas’; Lucimar Calixto Ribeiro; Melciades Aldana, conhecido como ‘Mariscal’; Rogério Luiz Phellipe; Marco Monteoliva; Flávio Correia Jamil Georges; Fahd Jamil e Frederico Maldonado Arruda, conhecido como ‘Fred’.

Jamil Name e o filho estão alojados na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, após a polícia descobrir a existência de um plano deles para assassinar um delegado em Campo Grande. Recentemente, em um dos julgamentos do caso, Jamil ofereceu ao juiz uma quantia milionária para ser solto, tudo isso ao vivo e na frente das câmeras, já que a sessão ocorria de forma remota.

A quadrilha também é investigada por formação de milicia armada, sendo apontada como a responsável pela execução de várias pessoas.

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