Polícia fecha criadouro clandestino que fazia melhoramento genético e exportava galos de rinha para Bolívia
Um criadouro clandestino que fazia melhoramento genético e até exportava galos de rinha para a Bolívia foi fechado na tarde deste sábado (4), no Jardim Colorado, em Campo Grande. No local foram encontrados 95 animais, sendo 45 adultos e 50 filhotes. Três homens foram detidos.
Uma denúncia anônima sobre o funcionamento de uma rinha de galo levou policiais de duas unidades da Polícia Militar (10º BPM e PMA) ao local. Na casa, de aparência simples, os militares se surpreenderam com uma estrutura de alto padrão para criação e armazenamento dos animais.
Estavam no imóvel o proprietário, de 44 anos, e dois ajudantes, de 29 anos cada. Ele admitiu o crime ambiental. Disse que treinava galos de rinha para a venda em sua casa, no comércio local e até na Bolívia. O valor oscilava de R$ 3 mil a R$ 4 mil por animal.
O proprietário do criadouro clandestino demonstrou grande conhecimento sobre a atividade e revelou que fazia, inclusive, o melhoramento genético, para ter animais ainda mais preparados para a rinha, por meio de cruzamentos.
Segundo a polícia, o criadouro clandestino tinha um espécie de berçario, gaiolas, isolamento térmico e ainda locais para apresentação das aves. Toda a estrutura era muito bem organizada. Havia estoque de alimentos, medicamentos e um controle do peso e medidas de cada animal.
A estrutura oferecia ainda suporte completo para tratamento de ferimentos do animais, como diversos tipos de medicamentos, cicatrizantes, antibióticos e até anabolizantes.
O criadouro tinha até mesmo material de divulgação, um tipo de folder.
O proprietário e os ajudantes foram autuados pelo crime ambiental. O dono do criadouro foi multado ainda em R$ 47,5 mil pela PMA. Os três foram encaminhados para a delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Cepol (Depac Cepol). Vão responder por maus-tratos.
Os galos e as gaiolas ficaram sob responsabilidade do autuado como fiel depositário, devido à falta de local adequado para serem levados naquele momento.
Segundo a PMA, assim que se consiga um local para a destinação, todo o material será recolhido. O fiel depositário precisa manter tudo como está, sob pena de prisão e nova autuação administrativa de multa ambiental.
* Por G1 MS