Polícia apura suspeita de que universitário campo-grandense foi morto por homofobia, em Curitiba
A Polícia Civil investiga a suspeita de que as mortes de um enfermeiro, de 30 anos, e de um estudante de medicina, de 25 anos, que tiveram os corpos encontrados em Curitiba, foram motivadas por crime de homofobia.
As duas vítimas foram encontradas mortas nos apartamentos em que moravam, após amigos notarem o desaparecimento. A polícia apura se há ligação entre os dois crimes.
O corpo do estudante de medicina foi encontrado em um apartamento no bairro Portão, na quarta-feira (5), após amigos sentirem a falta dele. De acordo com a polícia, os amigos não conseguiram entrar no imóvel, que estava trancado por dentro.
Os policiais foram acionados e, com a ajuda de um chaveiro, conseguiram entrar. Ainda conforme a polícia, a vítima foi encontrada em estado avançado de decomposição, e havia sinais de homicídio por asfixia.
O delegado Thiago Nóbrega informou que o jovem foi encontrado morto em cima da cama, com um cobertor até a cabeça.
Morte do estudante
Segundo o delegado, a causa da morte do estudante ainda é investigada, mas há indícios de que o estudante foi morto por asfixia, com a suspeita de que o crime tenha sido cometido com sufocamento da vítima com um cobertor, ou por esganadura.
A família do jovem é de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O estudante, segundo a investigação, se mudou para a capital paranaense por conta dos estudos.
Integrantes do curso de medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), onde o jovem estudava, lamentaram a morte. “Aluno da turma 79 foi muito querido entre seus colegas e professores”, disseram em nota.
Enfermeiro
No outro caso investigado, o corpo do enfermeiro foi encontrado com as mãos amarradas, de bruços, na sexta-feira (30), em um apartamento na Vila Lindóia. De acordo com a polícia, a vítima apresentava sinais de violência.
Assim como no caso do estudante de medicina, de acordo com a polícia, a morte foi confirmada depois que amigos notaram que a vítima não respondia mensagens.
Os policiais também entraram no apartamento, após a ajuda de um chaveiro. O delegado informou que há suspeita de que o crime tenha tido motivação passional.
* Por G1 MS