Piscinão promete acabar com alagamentos e assoreamentos dos lagos do Parque das Nações Indígenas
Um piscinão está sendo construído nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, com a capacidade para reter 34,8 milhões de litros de água. O projeto tem por finalidade a retenção da enxurrada captada pelo sistema de drenagem dos bairros próximos, que juntos têm um território de 123 hectares, além de regular o fluxo de águas pluviais que vão em direção aos lagos do Parque das Nações Indígenas. Através do piscinão, se espera evitar o assoreamento dos espelhos d’água.
Serão retirados mais de 57.170.93 metros cúbicos, material suficiente para encher 7,146 caminhões, de 8m3. A estrutura terá capacidade para receber 18.480 litros por segundo e liberar 11.280 litros.
O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, explicou que, como se trata da nascente do Córrego Reveillon, com características de brejo, a estrutura desta bacia de retenção é diferente das construídas em outras regiões. Ao invés de aterro e compactação, com cobertura de grama, este piscinão terá as margens revestidas de gabião com muros de contenção de até 4 metros de altura.
“Esta nascente recebe um grande volume de água captada pela drenagem construída nos bairros situados no entorno do Parque dos Poderes, Vila Nascente, Jardim Veraneio e Danúbio Azul. Junto com a enxurrada vem muita areia, o que acaba contribuindo para o assoreamento dos lagos do Parque da Nações. A bacia vai reter estes sedimentos, mas será preciso uma manutenção permanente para retirada deste material para assorear o próprio piscinão”, detalhou.
Há três anos, como medida preventiva, foram retirados 105 mil metros de cúbicos de areia dos lagos do Parque das Nações. A operação mobilizou 8 retroescavadeiras, mais 11 mil viagens de caminhões, além de 50 trabalhadores.
Do lago principal, que se espalha por 5 hectares, foram retirados aproximadamente 110 mil metros de cúbicos de areia em quase 10 mil viagens de caminhão. Do lago menor foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia, exigindo 1.500 viagens de caminhão. Da nascente do Reveillon foram retirados 4 mil metros cúbicos.
Esta bacia de retenção, mais as obras que o Governo do Estado executou no Córrego Joaquim Português, outro afluente do Prosa que também desemboca no Parque das Nações, são estratégicas para manterem os dois lagos, que além de serem uma referência para o lazer contemplativo, têm um papel importante no controle de enchentes nos córregos Sóter e Prosa.
Os dois lagos têm capacidade para armazenar 65 mil metros cúbicos de água, o equivalente a quase duas a capacidade deste piscinão em construção nos altos da Avenida Mato Grosso.