Petrobras vai aumentar compra de gás de estatal boliviana e gasoduto de MS terá maior volume diário
O volume no gasoduto que atravessa todo o estado de Mato Grosso do Sul deve ser ampliado em pelo menos seis metros cúbicos por dia no próximo ano. Pelo menos é isso que prevê o novo aditivo no contrato de compra de gás natural por parte da Petrobras com a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
O acordo foi firmado ainda na última sexta-feira (15), porém, somente nessa quarta-feira (20) as informações foram divulgadas à imprensa. Conforme consta, o aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB.
Atualmente, o gasoduto em Mato Grosso do Sul tem a capacidade total de 30 milhões de metros cúbicos por dia, mas registrou a passagem em média de 14 milhões de metros cúbicos de gás oriundos da Bolívia por dia neste ano. Pelo novo contrato, fica assegurada a manutenção do volume máximo de 20 milhões de m³/dia.
Fica garantido “o fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas e a possibilidade de venda adicional de gás pela YPFB para outros importadores brasileiros. Além disso, [há] maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobras”, explicou a Petrobras em nota à imprensa.
Negócio bom para MS
Na visão do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o aumento na compra de gás da Bolívia é adequada para potencializar o uso do gasoduto e também na lógica da arrecadação de ICMS obtido com o gás no Estado.
“A decisão da Petrobras que foi acompanhada por nós junto com o governador Eduardo Riedel é extremamente importante para o Brasil e impacta na arrecadação do Estado”, destacou ele, lembrando ainda que neste ano somente em março o volume chegou a 19 milhões de metros cúbicos, os demais meses ficaram em apenas 14 milhões de m3/dia.
O titular da pasta, que também é responsável pela Companhia de Gás de MS (MSGÁS), frisou que neste ano houve uma ociosidade de 50% no transporte do gasoduto. “Pelo contrato, a compra será de 20 milhões de metros cúbicos de gás. Diante de nossa capacidade total, ainda terá 10 milhoes de m³ disponíveis as empresas brasileiras que poderão fazer contratos diretos com Bolívia para utilizar este gasoduto”.
Outro ponto ressaltado por Verruk é que o contrato de compra de gás por parte da Petrobras de 20 milhões de metros cúbicos indica a sinalização de que haverá fornecimento suficiente para abastecer a UFN3. “O contrato que tem validado por dois anos, indica que um eventual abastecimento de 2,5 milhões de metros cubicos de gás por parte da UFN3, poderia ser suprido com este novo contrato”, concluiu.