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Perícia vai revelar a causa da morte de artesã; polícia acredita que ladrão buscava por cofre

A polícia não tem como saber qual foi a real causa da morte da artesã e pintora Catarina Maria Marquesi Moreira, de 72 anos, ocorrida na manhã desta terça-feira (04), na casa onde viva com o esposo, de 74 anos, localizada na Rua João Pessoa, no bairro São Francisco, em Campo Grande. O local foi invadido por um ladrão, que fugiu sem levar nenhum objeto de valor.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Reginaldo Salomão, que é titular da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), um desconhecido pulou o muro da casa usando um pedaço de madeira pelo terreno baldio ao lado, em seguida, arrombou a porta dos fundos e passou a vasculhar os cômodos até se deparar com a vítima, que estava pintando um quadro no momento.

O bandido agrediu a idosa e, na sequência, foi surpreendido pelo esposo dela, que tem deficiência auditiva e dificuldades de locomoção. Foi ele quem acionou os filhos e o genro para pedir ajuda. O genro foi o primeiro a chegar e encontrou Catarina agonizando no chão da sala, com dificuldades para respirar. O SAMU foi acionado, mas a idosa não resistiu e morreu no local.

O delegado disse que a perícia irá apontar a real causa da morte. O corpo da idosa não apresentava sinais de violência, perfurações ou ferimentos provocados por objetos cortantes. Para ele, o ladrão deve ter agredido a mulher com um soco fatal ou mesmo um infarto e apontou que a morte foi algo não planejado pelo meliante.

Salomão acredita que o bandido invadiu o imóvel para furtar um cofre, mas disse que este tipo de objeto não existe na casa. Na sua versão, o bandido teve uma falsa impressão do imóvel por conta de ser uma região considerada de alto padrão. Na casa não há nada de valor, sequer os eletrodomésticos possuem valor considerado alto.

O bandido fugiu sem levar nada, no entanto, bagunçou a casa para tentar localizar o possível cofre e por isso o caso é tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). A investigação vai usar câmeras de segurança da região para tentar identificar o bandido. Catarina deixa três filhos e morava há mais de 40 anos naquela residência.

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