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Pedreiro assassino é transferido para o Instituto Penal

O pedreiro Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, que confessou ter matado sete pessoas em Campo Grande foi transferido na tarde desta terça-feira (26) para o Instituto Penal de Campo Grande (IPCG). Ele estava na Delegacia Especializada de Furtos e Roubos (Defurv).

O Ministério Público deu parecer favorável e a Justiça aceitou um pedido da defesa. O advogado Jean Cabreira disse que fez a solicitação porque o cliente estava sofrendo agressões físicas e psicológicas.

“Ele foi coagido desde o início e os próprios internos presenciaram o tratamento desumano que meu cliente sofreu, a decisão da Justiça era o que nós esperávamos”, falou.

Os assassinatos

O pedreiro foi preso no dia 15 de maio. De acordo com a esposa e a filha dele, que também estão presas, Cléber matou o comerciante José Leonel Ferreira Santos, de 61 anos e ficou com a residência do idoso, onde elas estavam morando. A família do comerciante estranhou o sumiço dele e, cinco dias depois do crime, encontrou o pedreiro morando na casa e acionou a polícia.

Outra vítima é Timótio Pontes Roman, de 62 anos, que foi enterrado próximo ao local da cova improvisada de outras vítimas, no bairro Recanto dos Pássaros. De acordo com a família do idoso, ele teria contratado o pedreiro para um serviço na calçada. Timótio morava sozinho e estava desaparecido há mais de dez dias.

O idoso morava sozinho e estava desaparecido há mais de dez dias. À polícia, Cléber disse que também queria ficar com a casa da vítima.

Os homicídios teriam ocorrido entre 2016 e 2020 e, segundo o delegado Carlos Delano, aconteceram de formas parecidas. “As vítimas eram pessoas que estavam trabalhando com ele. O suspeito alega que foram desentendimentos no trabalho que ocasionaram a ação dele matar, em todas elas com golpes de algum objeto na cabeça da vítima”, afirma.

Ainda segundo Delano, Cléber apontou os locais onde enterrou as vítimas e não demonstrou arrependimento. “Ele fala tranquilamente sobre os crimes e não mostra abalo nenhum ao falar dos assassinatos”, explicou.

Pedreiro suspeito de assassinatos em série mostra a polícia e bombeiros local onde teria enterrado um dos corpos das vítimas — Foto: Vinicius Santana/Arquivo Pessoal
Pedreiro suspeito de assassinatos em série mostra a polícia e bombeiros local onde teria enterrado um dos corpos das vítimas — Foto: Vinicius Santana/Arquivo Pessoal

 

*Por G1 MS

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