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Para ampliar bancada na Câmara, PSD terá que recuperar ‘velhos nomes’ da política campo-grandense

O PSD não vai apenas focar na reeleição do prefeito Marcos Trad no pleito de logo mais, aliás, este talvez venha a ser o menor dos desafios do partido este ano. A legenda quer aproveitar o bom momento político da Família Trad (além de Marcos, tem também o deputado federal Fábio Trad e o senador Nelson Trad Filho) para ampliar o atual quadro da bancada na Câmara Municipal de Campo Grande.

Hoje, o PSD conta com apenas dois parlamentares: Hederson Fritz e Chiquinho Telles, que deverão tentar a reeleição. Esse número [de vereadores] vai aumentar em março, quando será aberta a janela partidária de transferência de vereadores. Até o momento, é dado como certa a vinda de Otávio Trad, do PTB, e cogitado o nome de Valdir Gomes (PP).

A expectativa da direção municipal do PSD é conseguir eleger, ao menos, um representante de cada pasta da legenda (Mulher, Juventude, LGBT, Indígena, Comunitário, Bem-estar Animal e Afro). Para atingir tal meta, eles contam com a participação intensa da Família Trad, promovendo e pedindo votos para os indicados.

Principais nomes estão em baixa

Em um olhar rápido para o quadro de pré-candidatos a vereador do PSD encontramos uma lista de ‘velhos nomes’ da política campo-grandense. No entanto, apesar da experiência acumulada, todos eles vêm de queda no número de votos entre uma eleição e outra. Recuperar a imagem desgastada destes será o maior desafio da legenda nesta eleição.

Líder do prefeito Marcos Trad na Câmara Municipal, Chiquinho Telles pode ser classificado como o principal nome da chapa legislativa do PSD em 2020. Entretanto, ele traz uma significativa baixa no número de votos na comparação dos dois últimos pleitos que disputou. Em 2012, somou 3.729 votos, enquanto que na eleição de 2016 obteve 1 mil votos a menos, 2.728.

Entre o público feminino, a aposta maior está na veterana Carla Stephanini, que trocou o MDB pelo PSD há pouco tempo. Nas eleições de 2012, ela registrou 5.938, mas em 2016 sequer foi reeleita. Foram 2.257 votos naquele ano, ou seja, mais de 3 mil votos a menos. Atualmente, ela responde pela Subsecretaria Municipal de Políticas Pública para a Mulher de Campo Grande.

Sobrinho dos irmãos Trad, o Otávio Trad é aposta da família pela manutenção do legado vitorioso nas urnas. Mas o jovem também vem sofrendo nas últimas eleições com a baixa popularidade. Pensando na recuperação, vau mudar de partido em março, deixando o PTB para se juntar o PSD. Na comparação de 2012-2016, Otávio perdeu pouco mais de 2,5 mil votos, de 4.891 para 2.383 votos entre uma eleição e outra.

Outro nome que precisará ser trabalhado pelo PSD, e talvez venha a ser o mais complicado, é o do atual subsecretário municipal de Direitos Humanos, Ademar Vieira Júnior, o popular Coringa, caso dispute o cargo. Ele não conseguiu se reeleger após o feito de 2012, quando obteve 3.127, em 2016 somou 2.521, pouco mais de 600 votos a menos. O político também acabou tendo a imagem ainda mais desgastada no início de 2019, quando ocupou um ‘mandato tampão’ na Câmara dos Deputados.

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