Operação contra grupo criminoso que fornecia falsos empréstimos cumpre mandados em MS
Mato Grosso do Sul é um dos estados alvos da operação Fallen Fox que está sendo deflagrada pela Polícia Civil do estado do Paraná nessa terça-feira (30).
A investigação apura uma organização criminosa especializada em aplicar golpes do falso empréstimo, causando prejuízos de cerca de R$ 3 milhões às vítimas.
Estão sendo cumpridos 79 mandados judiciais, sendo 43 de prisão e 36 de busca e apreensão, além de medidas patrimoniais de bloqueio de bens e valores.
A ação ocorre simultaneamente no Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Piauí. O nome da cidade de MS ainda não foi informado.
A organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online. Dessa forma, falsos atendentes se passavam por funcionários de instituições financeiras.
As vítimas eram atraídas por promessas de empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.
Os golpistas agiam de forma meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança nas vítimas. Utilizavam linguagem técnica bancária e ofereciam condições aparentemente vantajosas.
Antes da suposta liberação do crédito, exigiam o pagamento de diversas taxas fictícias, como comprovação de renda, aumento de score de crédito, IOF e Imposto de Renda.
Os depósitos eram realizados em contas de operadores financeiros, responsáveis pela movimentação do dinheiro e repasse aos líderes da organização.
A quadrilha utilizava o DDD 11 para simular uma localização em São Paulo, para tentar aumentar a credibilidade dos golpes.
Um dos criminosos recebia R$ 60 mil por mês pela criação dos anúncios fraudulentos.
A Operação Fallen Fox é um desdobramento da Operação Downfall, realizada em 4 de maio do ano passado contra o tráfico internacional e interestadual de drogas.
Durante as investigações, 28 pessoas foram presas e 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em MS e mais 7 Estados.
Um dos investigados teve apreendido cerca de R$ 900 mil em um de seus endereços. Em outro imóvel foi descoberta uma central telefônica usada para aplicar golpes de falsos empréstimos.
O suspeito comandava um esquema com falsos atendentes que se passavam por funcionários de uma instituição bancária, oferecendo empréstimos a taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.
Os investigados na operação Fallen Fox responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O nome da operação se baseia na astúcia e na habilidade dos criminosos em enganar suas vítimas, características frequentemente associadas à figura da raposa.