Onça-pintada, símbolo do Pantanal, é inspiração para novo uniforme da Seleção Brasileira de futebol
Um dos animais símbolos do Pantanal, a onça pintana, é a fonte de inspiração para o novo tema do uniforme da Seleção Brasileira de futebol. A nova camisa foi apresentada neste domingo (07) e rapidamente ganhou destaque nas redes sociais, especialmente em decorrência da comparação com a novela da TV Globo, ‘Pantanal’, que tem como personagem a folclórica Juma Marruá, conhecida por ser a mulehr que vira onça quando está com raiva (reiva, conforme a própria pronuncia).
Chamado de ‘Garra Brasileira’, o novo uniforme do time de futebol será usado na Copa do Mundo de logo mais, no Qatar, nos meses de novembro e dezembro deste ano. De acordo com a Nike, fornecedora do material esportivo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a onça-pintada foi escolhida para ser o tema da Seleção.
Ainda segundo a Nike, os novos uniformes estarão à venda já a partir desta segunda-feira (8), exclusivamente no site da Nike. Já em todo o mercado brasileiro deve chegar somente a partir da sexta-feira (12).
A camisa titular, predominantemente amarela, é estampada com desenhos inspirados na pele de onça e tem detalhes em verde na gola e nas mangas. Os shorts são azuis com a numeração em amarelo, enquanto as meias brancas exibem detalhes em verde e azul.
Já o uniforme reserva continua na cor azul e traz as pintas de onça nas mangas, em verde. O calção branco traz a numeração em verde, e o meião azul com detalhes em verde e amarelo.
Na parte interna da camisa, na altura da nuca, há um grafismo em homenagem à “Garra Brasileira”. Já a parte interna frontal da camisa amarela traz o detalhe da bandeira do Brasil.
“Vibrante e arrojado, o uniforme 2022 da seleção brasileira homenageia a coragem e a cultura de um povo que nunca desiste. Inspirado na garra e beleza da onça, a camisa une todos os brasileiros”, postou a CBF.
A campanha intitulada “Veste a Garra” traz personalidades como Alisson, Richarlison, Rodrygo, Philipe Coutinho, Marquinhos, Adriana e Ronaldo Fenômeno, além de famosos de fora do futebol, como o velocista Paulo André, o rapper Djonga, o funkeiro MC Hariel, a streamer Babi Loud e a judoca Rafaela Silva.
Richarlison visita o Pantanal de MS
O programa esportivo Esporte Espetacular, da TV Globo, levou o jogador Richarlison, atacante da Seleção e do Tottenham, até a cidade de Miranda para mostrar, em primeira mão, a camisa que o Brasil vai usar na Copa do Mundo do Catar em 2022.
Ao comentar sobre o novo uniforme, o atleta aprovou. “Linda, maravilhosa, a mais bonita do mundo. Aquela cor da presença, aqui tem a bandeirinha (na gola) junto com o botão pra abotoar aqui.”, disse na reportagem.
“Não tem coisa melhor do mundo que vestir a camisa da Seleção brasileira. É essa aqui que bota medo nos adversários e agora está vindo a Copa do Mundo dá aquele friozinho na barriga, enquanto o tempo vai passando a gente fica imaginando que tá chegando a hora, tá chegando a hora da convocação também”, complementou o atacante.
Onça-pintada está em extinção
A onça-pintada, aliás, tem no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso a sua maior concentração em todo o mundo. Sendo que atualmente, está oficialmente extinta nos Estados Unidos e é muito rara no México.
Considerada o maior felino do continente americano, podendo chegar a 135 kg, é um animal robusto, com grande força muscular, sendo a potência de sua mordida considerada a maior dentre os felinos de todo o mundo.
Suas presas naturais são animais silvestres como catetos, capivaras, jacarés, queixadas, veados e tatus. Outra característica marcante dessa espécie é que ela não mia como a maioria dos felinos, mas emite uma série de roncos muito fortes chamados de esturro.
Possui pelagem amarelo-dourado com pintas pretas na cabeça, pescoço e patas. Nos ombros, costas e flancos tem pintas formando rosetas que têm, no seu interior, um ou mais pontos.
Originalmente a distribuição deste animal se dava desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. De maneira geral, porém, suas populações vêm diminuindo onde entram em confronto com atividades humanas. No Brasil ela já praticamente desapareceu da maior parte das regiões nordeste, sudeste e sul.
Ocorre em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado. São animais de hábitos solitários, tendo maior atividade ao entardecer e à noite.
A destruição de habitats aliada à caça predatória devido principalmente ao alegado prejuízo econômico causado às criações de animais domésticos fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas.
É classificada pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) e pelo IBAMA como espécie vulnerável e está no apêndice I do CITES.