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O legado deixado por Juvêncio César da Fonseca, morto aos 84 anos

Juvêncio César da Fonseca foi quem implantou e defendeu, em Campo Grande, o conceito de uma cidade arborizada e com mais áreas de lazer. Enquanto prefeito, mandou revitalizar as principais praças da Capital, em especial o Horto Florestal e a Praça Esportiva Belmar Fidalgo. 

Foi ele também quem criou o direito à gratuidade da tarifa do transporte público aos estudantes, atendendo ao pedido da União Campo-grandense dos Estudantes (UCE). Até então, a categoria pagava apenas a metade do valor do passe.

Outro ato marcado pela passagem de Juvêncio na Prefeitura de Campo Grande está na Morada dos Bais, conforme a conhecemos hoje. A antiga Pensão Pimentel havia sido destruída por um incêndio e foi reformada na sua gestão, ganhando o nome a estrutura existente até o tempo presente.

Vitorioso nas urnas

Juvêncio integrou os principais partidos políticos do país, como o PMDB (hoje MDB), PDT, PFL (atual Democratas) e atualmente estava filiado no PSDB.

O primeiro cargo foi como Secretário Estadual de Educação na gestão do então governador Marcelo Miranda, em 1980. A função durou 11 meses apenas. Em 1983, elegeu-se vereador de Campo Grande e, em 1985, foi eleito prefeito na primeira eleição direta para o cargo após a redemocratização.

Na oportunidade, mesmo não sendo integrante da elite política da época, somou incríveis 63.565 votos e acabou derrotando nomes como Levy Dias (PFL) e Sérgio Cruz (PDT).

Voltou a disputar a Prefeitura em 1992, quando se tornou o primeiro prefeito de Campo Grande eleito no segundo turno. Neste pleito, inicialmente bateu Zeca do PT e Loester Nunes. No segundo turno, superou Marilu Guimarães (PFL) por uma diferença de aproximadamente 15 mil votos.

Brasília não tem significado nenhum

CPI dos Bingos, realizada a partir de 2005 no Senado Federal

O último cargo exercido por Juvêncio César da Fonseca foi de Senador da República, eleito em 1998, permanecendo até 2007.

No Congresso Nacional, ele presidiu o Conselho de Ética do Senado Federal e também participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, que teria pedido propina ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. A investigação ficou conhecida como a ‘CPI do Fim do Mundo’.

Em entrevista à TV Assembleia, Juvêncio disse não guardar boas lembranças do Congresso Nacional e soltou a clássica frase: “Brasília não tem significado nenhum”.

A morte

Juvêncio faleceu na madrugada deste sábado (14), no Hospital Proncor de Campo Grande. Ele tinha 84 anos e estava afastado há 11 anos da vida pública, devido a uma infecção nos ossos. Ele deixa a esposa Suely Brandão, filhos e netos.

O velório acontecerá no cemitério Parque das Primaveras, a partir das 8h, e o sepultamento às 15h, no mesmo local.

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