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Novo anel rodoviário da Capital caminha para ser um grande ‘elefante branco’

O aguardado novo anel rodoviário de Campo Grande, que ligará as saídas para Cuiabá (MT), Rochedinho e Rochedo, tem tudo para se transformar no mais novo ‘elefante branco’ da cidade. O empreendimento, cuja obra começou há oito anos, está com a sua continuidade ameaçada devido à falta de recursos. Então previsto para ter sido entregue no final de 2018, no badalado programa ‘Chave de Ouro’, a nova rota viária deve ser concluída somente em 2020, sem muita expectativa.

De acordo com a Prefeitura Municipal, são necessários ainda R$ 5 milhões para completar a última etapa, referente aos serviços de terraplanagem e de construção das três rotatórias, no entroncamento com as rodovias MS-010, MS-080 e BR-163. O recurso deve ser repassado pelo Governo Federal, mas o envio não tem data prevista para acontecer e o entrave vai provocar mais um atraso no projeto.

Iniciado em meados de 2011, ainda na gestão do prefeito Nelson Trad Filho, o novo anel rodoviário prevê a saída dos veículos pesados (carretas e bitrens) da região norte de Campo Grande. O projeto teve o orçamento inicial previsto em R$ 27 milhões, deveria ter sido entregue em julho de 2014, mas de lá para cá sofreu com processos de desapropriação de terras, licitações, ajustes no projeto original e várias paralisações.

Em outubro de 2017 foi retomada pela Prefeitura Municipal e, no final do ano passado, o então presidente Michel Temer colocou o anel rodoviário de Campo Grande como um dos projetos prioritários do programa ‘Chave de Ouro’, no qual prometeu entregar até o final do seu mandado, no dia 31 de dezembro daquele ano.

Na época, o então ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, anunciou um montante de R$ 9,5 milhões para a conclusão do anel, entretanto, segundo a Prefeitura Municipal de Campo Grande, este dinheiro jamais foi depositado.

Recentemente, a imprensa de Campo Grande denunciou a qualidade do material usado na obra. O trecho que liga a MS-010 à BR-163 já está repleto de buracos, rachaduras e remendos, sendo que a pista nunca foi usada por veículos pesados, ou seja, o asfalto está esfarelando somente com a variação climática. Dos 24 quilômetros de pista a ser construída no novo anel, apenas 18 km estão concluídos.

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