No Dia da Mulher, gestoras da CGE-MS contam suas experiências de sucesso
Marina Hiraoka Gaidarji ocupa a posição de controladora-geral adjunta desde a criação da instituição, em 2017. Mas, enquanto servidora pública, contribui para o crescimento do Estado há duas décadas.
“Desde o início da minha carreira no Governo, sempre desempenhei funções ou cargos de chefia. Com o tempo, com certeza, os desafios propostos às funções que executo foram aumentando e exigindo cada vez mais. Mas é importante ressaltar que nunca me senti restringida. Faço meu trabalho, colaboro na busca pela excelência no serviço público e percebo que mais mulheres vêm conquistando espaços de liderança, o que é muito positivo” pontua.
Com um casal de filhos, a gestora e auditora do Estado, confessa que em um período de sua vida, percebeu que precisava diminuir o ritmo. “Teve um momento que observei que meus filhos e minha família necessitavam de mim. Então, no dia a dia é necessário ter essa percepção, do equilíbrio entre família e trabalho, o que para as mulheres é muito mais aguçado e, a partir daí, decidir o que é prioridade, sem comprometer as outras responsabilidades que assumimos”, revela.
Outra gestora que conta o segredo de seu sucesso profissional é a corregedora-geral, Luciana da Cunha Araújo Matos de Oliveira. Também mãe de duas crianças, ela explica que não é fácil o equilíbrio entre o profissional e o pessoal, mas acredita que esta busca deve ser de todos, independentemente de gênero.
Conciliar a dedicação ao trabalho e à família não é tarefa fácil, contudo, acredito que mesmo sentindo nossa falta em alguns momentos, os filhos entendem a necessidade e importância da atividade profissional para as mães e se sentem orgulhosos por isso também. Além disso, em 20 anos de carreira, vejo o quanto a instituição evoluiu e se fortaleceu. Trabalhar com o controle interno é um desafio especialmente na área correcional, no entanto, a cada dia, com o amparo da legislação e da organização, temos avançado na prevenção e na repressão, quando necessária, às condutas irregulares de servidores públicos e de pessoas jurídicas”, afirma.
Mais uma mulher de destaque na CGE-MS é a auditora do Estado e chefe do Centro de Informações Estratégicas, Ana Luiza Gonçalves, única mulher de seu setor. “Quando comecei na carreira a maioria dos chefes eram homens e as subchefias lideradas por mulheres. Em duas décadas, esse cenário mudou e hoje vejo que aqui na CGE-MS é bem equilibrado”, admite.
Ela conta que tudo que conquistou deve à parceria do marido. “Nos casamos muito jovens e viemos do Rio de Janeiro para morar em Campo Grande e, em seguida, engravidei e não trabalhava. Naquela época, e até hoje, ele sempre foi um grande incentivador para eu seguir o meu caminho profissional. Depois, já formada e concursada, tivemos mais uma filha…aí foi mais desafiador. Por isso, é importante ter rede de apoio e nunca abandonar os sonhos. Todo o esforço valeu muito à pena”, relembra.
Sobre a carreira, ela acrescenta que nunca vivenciou ou presenciou desigualdade de gênero. “Até porque acredito que no serviço público, se existe, ela é bem velada porque nosso ingresso se deu por concurso; uma realidade bem diferente do setor privado”, coloca.
A auditora do Estado e chefe do Centro de Estudos e Orientações Técnicas, Fabiana Ferreira Saldivar, comenta sobre a força feminina na instituição. “Desde 2002, quando entrei, noto o quanto crescemos e conquistamos espaço. Não só a instituição, mas nós mulheres. À medida que a CGE-MS fortaleceu suas atividades, fomos nos destacando e dividindo as lideranças o que, para mim, torna o ambiente de trabalho muito mais enriquecedor. Essas conquistas, são fundamentais na evolução institucional e feminina”, reflete.
Angela Spacassassi, superintendente Administrativa e Financeira, da CGE-MS, que a quase quatro décadas contribui para o crescimento do Estado tendo atuado em diversas pastas, aponta a importância da presença da mulher no ambiente de trabalho.
“Nós somos mais detalhistas, organizadas, às vezes, temos um olhar mais crítico, minucioso e até penso que, em muitos casos, somos mais comprometidas. Essas são algumas das características, nas quais a mulher se destaca tanto na rotina do trabalho ou na vida pessoal. Essa independência que conquistamos, mesmo tendo que cuidar dos filhos, nos torna ainda mais fortes e determinadas. E quando eles crescem, e a gente olha para trás, vemos que tudo valeu à pena”, conclui.
Nesta data especial, o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda, fala que sempre teve o privilégio de conviver com mulheres inspiradoras, tanto no âmbito pessoal quanto profissional, em especial sua mãe, e se tem algo que sabe por certo nessa vida é que aquela história de “sexo frágil”, só em música do Erasmo Carlos mesmo.