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Mulheres que dormem mal estão propensas à doenças cardiovasculares

Ter uma má qualidade de sono constantemente pode aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes e obesidade em mulheres, diz um estudo da Centro Médico da Universidade de Columbia, Estados Unidos, publicado na segunda-feira (17).

Segundo os pesquisadores, foi observado que as participantes que dormiam mal ou tinham insônia costumavam comer em excesso e ter uma dieta calórica e com baixo valor nutricional. Tais hábitos alimentares estão relacionados com obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes.

O próprio sono, por sua vez, “desempenha um papel essencial na saúde cardiovascular”, assim como “a curta duração do sono quanto a má qualidade dele estão associadas ao desenvolvimento de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares”, descreve o texto do estudo.

Quanto ao público alvo ser somente o feminino – foram analisadas 495 mulheres de 20 a 76 anos – os pesquisadores justificam que mulheres são particularmente propensas a distúrbios do sono durante toda a vida adulta por causa das responsabilidades domésticas que costumam assumir, além das profissionais, e por questões hormonais – um dos efeitos colaterais da menopausa está justamente sobre a qualidade do sono.

Dificuldade para dormir x alimentação não saudável

Os resultados apontaram que as participantes com dificuldade para adormecer consumiam muitos alimentos com açúcares adicionados e gordura saturada e menos grãos integrais. Os casos mais severos de insônia também estavam associados, além desses hábitos alimentares, a dietas mais calóricas.

Os açúcares adicionados:

  • Têm baixo valor nutricional.
  • São adicionados aos alimentos.
  • Bebidas açucaradas, como achocolatado e refrigerantes, são as principais fontes desses açúcares.

gordura saturada:

  • É de origem animal.
  • Presente em carnes vermelhas e brancas, principalmente na gordura da carne; em leite e derivados como creme de leite, manteiga e iogurte.
  • Aumenta o colesterol ruim (LDL), relacionado com doenças do coração.

Por outro lado, os pesquisadores observaram que o próprio distúrbio do sono também pode ser causado por uma maior ingestão e uma dieta com baixo valor nutricional.

 

“É possível que uma dieta inadequada tenha um impacto negativo na qualidade do sono das mulheres”, explica um dos coordenadores do estudo no material de divulgação, Faris Zuraikat. “[Isto porque] comer mais pode causar desconforto gastrointestinal, por exemplo, tornando mais difícil adormecer ou permanecer adormecido.”

O estudo

Os pesquisadores analisaram a qualidade do sono, o tempo que levavam para adormecer e se tinham insônia, assim como o tipo e quantidade de alimentos que consumiam com frequência em 495 mulheres.

O estudo foi publicado no “Journal of the American Heart Association” nesta segunda-feira (17).

O próximo passo é investigar se terapias que melhoram a qualidade do sono podem promover a saúde cardiovascular

*Por G1

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