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MS tem 5º maior taxa de morte em acidentes provocados pelo duo álcool e direção

Mato Grosso do Sul apareceu na quinta colocação no ranking nacional dos estados que mais registram mortes nas estradas rodoviárias e ruas e avenidas urbanas em acidentes relacionados ao consumo de álcool. Conforme os números, que levam em conta os registros de 2021, foram 7,8 óbitos a cada grupo de 100 mil habitantes.

As informações foram divulgadas nessa segunda-feira (19) pelo CISA (Centro de informações sobre Saúde e Álcool), a partir de dados do Datasus, (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). Hoje é celebrado o 15º aniversário de implantação da chamada Lei Seca (11.705/2008), medida que adotou a tolerância zero à mistura álcool e direção.

Até então, não previa punição a motoristas que dirigissem após o consumo de pequenas quantidades de álcool. A partir da mudança, conduzir veículos em via pública com qualquer teor de álcool no organismo passou a caracterizar infração de trânsito gravíssima, com multa de R$ 2.934,70 e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação por 12 meses.

Os maiores índices ficaram com os estados do Tocantins (11,8), Mato Grosso (11,5), Piauí (9,3) e Rondônia (8,4). Ao todo, 17 Estados registraram índice superior ao nacional, que foi 5, sendo esses Goiás, Paraná, Paraíba, Roraima, Maranhão, Espírito Santo, Alagoas, Santa Catarina, Ceará, Pará, Bahia, Sergipe e Minas Gerais.

MS tem 5º maior taxa de morte em acidentes provocados pelo duo álcool e direção

Segundo os dados, os homens são as maiores vítimas (89%), enquanto as mulheres representam 11% das mortes. As faixas etárias mais afetadas são de 18 a 34 anos (36,5%), seguida por 35 a 54 anos (35,5%). Apesar dos percentuais, a análise apontou que os óbitos por acidente de trânsito relacionados ao uso de álcool tiveram redução de 32%, comparando 2010 e 2021.

Quando o assunto é internações por acidentes de trânsito atribuíveis ao álcool, foram 14 Estados mais o Distrito Federal com taxas acima da média nacional. Há dois anos, os acidentes de trânsito foram a principal causa de internações (22,6%) e a segunda de mortalidade relacionada ao uso da substância (15,8%) no Brasil.

MS tem 5º maior taxa de morte em acidentes provocados pelo duo álcool e direção

Em 2021, o País registrou 8,7 internações e 1,2 morte por hora, ou seja, em um ano foram 75.983 hospitalizações e 10.887 óbitos. Apesar do cenário, o período de 2010-2021 registrou maior número de internações e o menor número de mortes. As hospitalizações aumentaram 34%. Os ciclistas e motociclistas são os que mais precisam de intervenções médicas.

Em âmbito nacional, os homens aparecem na lista como maiores vítimas (85%), enquanto as mulheres representam 15% das internações. A faixa etária dos 18 a 34 anos é a mais afetada (45%). O levantamento também aborda sobre a decisão de dirigir após beber. A análise foi feita entre 2011 a 2020 e aponta redução significativa em algumas capitais brasileiras, entre elas Campo Grande.

Beber e Dirigir

  • População geral: maiores frequências em Palmas (12,6%), Teresina (10,8%) e Boa Vista (10,6%) e menores em Maceió (2,5%), Recife (2,6%)* e Natal (2,7%). 
  • Homens: maiores frequências em Palmas (21,1%), Teresina (19,1%) e Boa Vista (16,8%) e as menores em Maceió e Fortaleza (5,0%) e Natal (5,2%). 
  • Mulheres: maiores frequências em Florianópolis (5,4%), Palmas (5,1%) e Boa Vista (4,9%) e as menores em Recife (0,1%), no Rio de Janeiro (0,3%) e em Maceió (0,4%).