MS passa a ter grupo técnico de enfrentamento à Varíola dos Macacos
Com oito casos já confirmados e uma possível morte aguardando pelo resultado dos exames laboratoriais, o Governo de Mato Grosso do Sul criou um grupo técnico de enfrentamento à Varíola dos Macacos. A doença começou a ganhar proporção no Brasil, após ter um grende número de casos ao redor do mundo, especialmente na África e Europa.
De acordo com as informações, o grupo será liderado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e será responsável por desenvolver estratégias de combate à doença em todos os 79 municípios sul-mato-grossenses.
Segundo o assessor militar da SES, coronel bombeiro militar Marcelo Fraiha, que vai coordenar o trabalho, o Governo já está atuando em estratégias de enfrentamento à infecção causada pelo vírus Monkeypox.
“Já foram elaborados e emitidos para os municípios a comunicação de risco, o informe epidemiológico e o plano de contingência. Também criamos uma sala de situação que avalia o cenário epidemiológico em todos os municípios”, destacou ele, que foi um dos gestores da pandemia de Covid-19 em Mato Grosso do Sul.
Conforme os dados da SES, desde que a transmissão da Varíola dos Macacos entrou no radar das autoridades de saúde de todo o mundo, Mato Grosso do Sul já confirmou oito casos da doença, sendo sete em Campo Grande e um em Itaquiraí. Além disso, uma morte ocorrida na Capital está sendo investigada como decorrente da doença.
O paciente que faleceu é um homem, residente do município de Camapuã e que deu entrada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), onde faleceu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com informações repassadas pela SES, exames foram encaminhados para um laboratório no Rio de Janeiro e a secretária aguarda os resultados.
No dia 15 de julho a SES confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul, sendo um homem, de 41 anos, que é residente em Campo Grande. Os onzes casos em investigação envolvem pessoas que moram nas seguintes cidades: Campo Grande (3), Três Lagoas (3), Dourados (1), Cassilândia (1), Ponta Porã (1), Camapuã (1), além de Bandeirantes (1).
Transmissão
Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar por meio de sêmen ou fluidos vaginais. Também pode haver transmissão das seguintes formas:
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Conheça os sintomas
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Dor nas costas
- Gânglios (linfonodos) inchados
- Calafrios
- Exaustão
- Como se proteger
O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.