MS encerra junho com 8,5% da área de milho safrinha colhida
Até o dia 28 de junho os agricultores já haviam colhido 8,5% da área cultivada com milho na safrinha em Mato Grosso do Sul. Segundo o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA), da Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja/MS) e Federação de Agricultura e Pecuária (Sistema Famasul), isso representou 163,030 mil hectares, de um total de 1,918 milhão de hectares cultivados nesta temporada.
Entre as macrorregiões do estado, o trabalho está mais acelerado no norte, onde a média atinge 15,5% e Chapadão do Sul já ultrapassou a marca dos 20%. Na sequência aparece o sul, com 8% e depois o centro, com 6,6%. A Aprosoja/MS projeta que a colheita do cereal no estado deve se estender até agosto.
O SIGA reviu no seu último levantamento a expectativa de produção para este ciclo elevando a estimativa para 10,127 milhões de toneladas, 29,2% superior as 7,838 milhões de toneladas da temporada anterior. Com esse volume, que se confirmado é o maior da história de Mato Grosso do Sul, se o estado fosse um país seria o 16º maior produtor mundial, conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A Aprosoja/MS credita essa expectativa de uma safra recorde a um conjunto de fatores como: aumento de 5,73% de área cultivada frente ao ciclo anterior, de 1,814 milhão de hectares para 1,918 milhão de hectares; investimento do produtor em tecnologia e boas condições climáticas registradas até o momento.
Com a expectativa de produzir a maior safrinha de milho de sua história, o governo de Mato Grosso do Sul implementou na semana passada uma medida para estimular a comercialização do produto, modificando a paridade entre vendas internas e externas do cereal.
O antes, a legislação que instituiu o regime especial de controle e fiscalização das exportações de Mato Grosso do Sul estabelecia uma equivalência entre o volume de milho exportado pelo estado e as vendas internas, determinado que para cada tonelada do cereal embarcada para o exterior, o exportador deveria comercializar a mesma quantidade no mercado local.
Com a mudança determinada por decreto publicado na sexta-feira (28) no Diário Oficial do Estado, essa paridade cai para 80%, ou seja, para cada tonelada exportada, 800 quilos devem ser vendidos em âmbito interno.
O decreto também fixou um limite total para as exportações do cereal do estado, 4,9 milhões de toneladas, tetos globais para quatro grupos da cadeia da atividade: produtores, cooperativas, estabelecimentos comerciais e industriais e ainda limites individuais para a comercialização no mercado internacional.
Os tetos dos grupos foram definidos conforme o percentual da média das exportações dos últimos dois anos. Já os limites individuais foram estipulados de duas formas. Para quem exportou até 10 mil toneladas no último biênio fixou a cota em 10 mil toneladas para produtores e cooperativas e 5 mil para estabelecimentos comerciais e industriais.
Para quem vendeu para o mercado internacional nos últimos dois anos um volume acima de 10 mil toneladas de milho, a cota foi definida com base da divisão do teto global do grupo a qual pertence, pelo número de integrantes desse grupo.
Por G1 MS