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MS é o segundo estado que mais financiou atos antidemocráticos de Brasília

Mato Grosso do Sul é o segundo estado com mais financiadores para os atos antidemocráticos, segundo o Ministério da Justiça, que está investigando o episódio ocorrido no último domingo (08) em Brasília (DF), quando mais de 1,2 mil pessoas invadiram as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) para cometer crimes de depredação e furto, além de protestar contra o resultado das eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com as informações, são considerados financiadores pessoas que, entre outras ações, pagaram por transporte, alimentação ou outros itens utilizados pelos terroristas naquele dia. Entre os investigados estão empresários, muitos deles ligados ao setor agropecuário, e colecionadores de armas. Estes dois grupos foram os mais beneficiados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que incentivou o terror contra os Três Poderes durante toda a campanha política.

Além de Mato Grosso do Sul, 10 estados do país registram, ao menos, um financiador. O Estado do Paraná tem a maior quantidade de investigados, seguido por MS e por São Paulo. Para identificar os financiadores, os investigadores também estão se baseando nas mais de 60 mil denúncias recebidas pelo Ministério da Justiça. As informações podem ser enviadas para denuncia@mj.gov.br. O ministéro não deu mais detalhes, como nome dos financiadores e os valores depositados.

O estado sul-mato-grossense foi um dos locais onde Jair Bolsonaro recebeu o maior apoio político durante a campanha, além disso, ele saiu vencedor na disputa presidencial. No segundo turno, os dois candidatos ao governo eram bolsonaristas declarados e usaram a imagem do então presidente nas suas produções midiáticas para pedir voto. O acampamento bolsonarista montado para protestar pelo resultado das urnas foi derrubado na terça-feira (10), 71 dias depois, mostrando a força local do ex-presidente.

Nesta quarta-feira (1), a Polícia Federal terminou de ouvir o depoimento dos bolsonaristas detidos no ginásio da Academia Nacional da corporação, em Brasília. Ao todo, 1.159 foram presos, sendo pelo menos seis sul-mato-grossenses, e que estão sendo levados ao Complexo Penitenciário da Papuda. Eles irão responder por crimes como golpe de Estado, roubo, lesão corporal e outros. Um ônibus de Mato Grosso do Sul está entre os apreendidos por transportar bolsonaristas até o Distrito Federal.

Além dos presos, outros bolsonaristas de Mato Grosso do Sul participaram da invasão e foram identificados porque usaram as redes sociais para expor os atos extremistas.

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