MS deve ter maior safrinha de milho da história, 10,178 milhões de toneladas
Mato Grosso do Sul deve registrar na segunda safra de milho, também chamada de safra de inverno ou safrinha, a maior produção de sua história, 10,178 milhões de toneladas. É o que aponta o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (11). O recorde atual é da temporada 2016/2017, quando os produtores do estado colheram 9,609 milhões de toneladas no cereal.
A Conab atribui esse aumento ao incremento da área cultivada de 7,6%, com a extensão das lavouras passando de 1,720 milhão de hectares, da safrinha anterior para 1,850 milhão de hectares na atual e um salto de 49,3% na produtividade, que deve subir de 3.685 quilos por hectare (61,41 sacas por hectare) para 5.500 quilos por hectare (91,66 sacas por hectare).
Na abertura oficial da colheita do milho safrinha realizada na semana passada na Casa Rural, em Campo Grande, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) apontou o clima favorável com o terceiro fator da equação que deve levar o estado a uma produção recorde neste ciclo.
Na época, mesmo com uma estimativa conservadora, de 9,552 milhões de toneladas, a entidade já acenava com a possibilidade do volume ultrapassar a marca das 10 milhões de toneladas.
A Aprosoja/MS também indiciou que apesar da supersafra, os preços do cereal tem crescido nas últimas semanas alavancados fortemente por uma conjuntura que leva em conta o impasse econômico entre os Estados Unidos e a China, a expectativa de quebra de safra no meio oeste norte-americano e a valorização do dólar frente o real.
A entidade também projetou que a colheita já iniciada deve se estender até agosto e que o produtor deve estar atento as variações do mercado, para aproveitar as melhores oportunidades e ‘travar o preço’, fazendo a negociação mais vantajosa possível para a produção.
A Aprosoja/MS revelou ainda que até o dia 3 de junho, 34,8% da futura produção da safrinha sul-mato-grossense já havia sido comercializada antecipadamente. O percentual é 7,7 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período do ciclo passado, que foi de 27,18%.
Fonte: G1 MS