Motoristas de ônibus e Consórcio Guaicurus terão nova reunião na quinta-feira sobre reajuste salarial
A nova rodada de negociação entre o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) e o Consórcio Guaicurus, coletivo de empresas de viação que administra o sistema de transporte público da Capital, ficou agendada para a quinta-feira (29), às 15 horas. O acerto aconteceu na manhã desta terça (27), durante uma nova renião feita às pressas para impedir a paralisação dos motoristas.
No encontro de hoje, foi ofertado aos funcionários aumento salarial de 6,43%, no entanto, a categoria recuso de pronto-imedidato, sustentando que não aceitam menos do que os 16% reclamados, além da renovação de todas os benefícios socais, como plano de saúde, vale alimentação, entre outros. Na mesa, os representantes das empresas de ônibus pontuaram que, diante do atual valor da tarifa (R$ 4,40), é o máximo que conseguem oferecer. Por conta do impasse, ficou marcada a segunda rodada de negociação.
De acordo com o presidente do Sindicato, Demétrio Freitas, não está descartada uma greve no decorrer dos próximos dias. Ele lembrou que o Consórcio não estava mais negociando com os motoristas, mesmo a data base para o reajuste anual ter sido ultrapassada há um mês. Para pressionar a classe patronal, os motoristas decidiram pela greve, que deveria então começar já no primeiro horário desta terça-feira, mas na tarde de ontem o Consórcio Guaicurus voltou a procurar a entidade para a reabertura da discussão, o que levou a suspensão da greve.
O Consórcio Guaicurus pede que o novo valor do passe de ônibus seja de pelo menos R$ 8,00 considerando diversos fatores, como a alta do combustível, o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor e, também, a folha de pagamento.
A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) é o órgão responsável por analisar e decidir sobre o aumento da tarifa. A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), ainda não sinalizou sobre o eventual novo valor da tarifa.
Sobre a possiblidade da grave, o Consórcio Guaicurus disse, em nota à imprensa ainda na semana passada, que já enfrenta dificuldade financeira para pagar os atuais valores e que “não possui a menor condição de firmar compromisso futuro diante do risco de o mesmo não vir a ser cumprido”. Em outro trecho, reforça a necessidade do aumento no valor do passe para o reajuste e que o seu departamento jurídico estuda as medidas que poderão ser adotadas diante da greve.