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Motoentregador que matou colega de serviço se diz arrependido

Arrependido e alegando ‘ter perdido a cabeça no calor do momento’, o motoentregador Bruno César de Carvalho, de 24 anos, se apresentou nesta terça-feira (18) ao delegado Mikail Farias, da 1º Delegacia da Polícia Civil de Campo Grande. O rapaz confessou o crime, narrou os detalhes que levaram aos disparos e garantiu que irá colaborar com o andamento da investigação, que ainda não foi concluída.

Bruno é o assassino do também motoentregador Emerson Salles Silva, de 33 anos. O crime aconteceu numa lanchonete localizada na Avenida Mato Grosso, enfrente a Santa Casa, na noite da quinta-feira (13). A vítima foi atingida por três disparos de uma arma de fogo e morreu pouco tempo depois, no hospital.

Conforme o delegado Farias, Bruno disse que ‘perdeu a cabeça’ e que atirou no companheiro por conta do ‘calor do momento’. Ele contou que já conhecia a vítima há algum tempo, pois trabalhavam juntos numa farmácia durante o dia, e que há dois meses passaram a atuar também na mesma lanchonete, no período noturno.

O início do desentendimento entre os amigos foi por conta de uma brincadeira feita por Emerson e que Bruno não gostou. Em seguida, Bruno precisou faltar ao serviço por dois dias por conta de um problema mecânico na sua moto e pediu para Emerson ‘segurar as pontas’ enquanto isso.

Emerson passou a mandar mensagens para Bruno cobrando o seu retorno ao trabalho. Na quinta-feira, quando voltou para a lanchonete, iniciou uma discussão com Emerson, chegando a trocar socos e sendo separados pela dona e outros funcionários. Em seguida, pegou o revolver na mochila e atirou em Emerson.

Bruno disse que chegou a mostrar a arma para a vítima antes de atirar, no entanto, Emerson teria o provocado ainda mais, o que serviu como estimulo para que ‘perdesse a cabeça’ e o matasse.

Polícia encontrou arma usada no crime em terreno após confissão do suspeito — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Polícia encontrou arma usada no crime em terreno após confissão do suspeito — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O revolver, de calibre 32, foi comprado por ele há cinco meses para poder se defender de assaltos. Depois do crime, jogou a arma numa área de vegetação na Avenida Gury Marquês. A polícia já encontrou o revólver.

Foram pouco mais de uma hora e meia de depoimento. Bruno alegou estar arrependido pelo que fez. Apesar da confissão, ele vai continuar em liberdade até segunda ordem, isso porque o pedido de prisão preventiva solicitado pelo delegado ainda não foi analisado pela Justiça.

Ainda segundo o delegado responsável pela investigação, Bruno deve responder por homicídio doloso qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

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