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Morto em confronto era ‘de confiança’ de facção’ e teria apontado arma para militar

O rapaz de 23 anos, que foi morto em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque), nesta quinta-feira (11), em Fátima do Sul, região sul do estado, tinha uma “função de confiança em uma facção criminosa e era de alta periculosidade”.

Equipes foram ao local em apoio a Operação Malleus, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), dando cumprimento à ordem judicial de busca e apreensão.

Ao chegar na casa do suspeito, eles abordaram uma mulher de 22 anos, que inclusive estava com um mandado de prisão em aberto. Houve varredura no imóvel e o suspeito foi localizado, recebendo ordem para que colocasse as mãos na cabeça, porém, ele não teria respeitado e ainda estendeu o braço, pegando uma arma de fogo.

Os policiais disseram que, mais uma vez, pediram a ele para colocar a mão na cabeça e largar a arma. No entanto, como não respeitou, os policiais teriam revidado os tiros e o atingido. O rapaz chegou a receber atendimento médico, mas, não resistiu aos ferimentos.

Um dos suspeitos presos na operação “Malleus” na manhã desta quinta-feira — Foto: Batalhão de Choque/Osvaldo Duarte
Um dos suspeitos presos na operação “Malleus” na manhã desta quinta-feira — Foto: Batalhão de Choque/Osvaldo Duarte

O rapaz possuía antecedentes criminais, ainda conforme o BpChoque. Na casa dele, também foram apreendidas porções de maconha, além de um revólver com munições.

Operação Malleus

O Gaeco e a PM fazem operação nesta quinta-feira (11) em sete cidades de Mato Grosso do Sul para prender integrantes de uma facção criminosa que faz os chamados “tribunais do crime”.

Esses tribunais são reuniões de integrantes do grupo realizadas para aplicação de punições a membros que não estejam cumprindo com as “obrigações” ou então a integrantes de facções rivais. A principal punição é a morte. Ela é geralmente executada com requintes de crueldade e tortura.

Nesta estão sendo cumpridos 32 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados, Ribas do Rio Pardo, Deodápolis, Fátima do Sul, Jateí e Caarapó e ainda um no Ceará. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Campo Grande.

Segundo o Gaeco, durante as investigações se descobriu em que em uma das reuniões do “tribunal do crime” teria sido debatido o assassinato de um delegado de polícia e de policiais militares.

Se apurou ainda, que integrantes da facção, por determinação de um dos chefes do grupo, sequestraram e executaram barbaramente uma jovem com golpes de picareta e pedradas na cabeça, porque acreditavam que ela pertenceria a um grupo rival, o Comando Vermelho.

* Por G1 MS

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