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Morto após suicídio, advogado não aceitava fim do relacionamento de 14 anos

Morto após cometer suicídio dentro de seu escritório, o advogado Erick Gustavo Rocha Teran, de 43 anos, não aceitava o fim do seu casamento com a estudante de Direito Iolety Ajala, de 36 anos. Na manha de segunda-feira (02), os dois discutiam os detalhes do divórcio na sala dele, em um prédio no bairro Jardim dos Estados, quando tentou matá-la, após a agredir com um taco de beisebol.

Os detalhe do crime foram narrados por ela em depoimento na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), na Casa da Mulher Brasileira. Conforme a versão dela, Erick a levou até o escritório no intuito de discutirem o divórcio, bem como a guarda dos filhos e a divisão dos bens acumulados após uma relação amorosa de 14 anos. Eles estavam separados há dois meses.

Naquela manhã de Dia dos Finados, a mulher sentou-se na cadeira da mesa do escritório e passou a digitar o documento de separação enquanto ele retrucava ao lado e clamava pela reconciliação. Em dado momento, o advogado pegou o taco de beisebol e acertou-a pelo menos três vezes nas costas. A mulher defendeu-se e questionou o motivo da agressão física.

Na sequência do ato, Erick sacou um revólver do bolso de sua calça e atirou contra a ex-esposa, ferindo-a no braço. Iolety correu para fora do prédio e pediu ajuda em um comércio ao lado. Momento depois ouviu-se o barulho de outro disparo de tiro vindo da sala do advogado. Naquela altura, o dono do prédio já havia acionado a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Quando a equipe foi até a sala para averiguar o ocorrido encontrou o advogado caído no banheiro, com um ferimento na cabeça provocado pelo disparo da arma de fogo. O SAMU ainda conseguiu levá-lo com vida até a Santa Casa, porém, Erick não resistiu ao ferimento e faleceu cerca de uma hora depois. A mulher, por sua vez, foi atendida sem maiores gravidades, apesar do abalo psicológico, e deve passar pela cirurgia de retirada da bala.

Na sua versão, a vítima afirmou que o ex-marido não tinha o comportamento agressivo. A investigação apura para saber se tudo havia sido planejado pelo advogado. A arma de fogo, que estava na pia do banheiro, foi apreendida e encaminhada para perícia, bem como os projéteis e o taco de beisebol. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio e posterior suicídio.

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