Morre a criança arremessada contra o chão na Moreninha III; Assassino sofre de esquizofrenia
Faleceu na tarde desta quinta-feira (12) a criança de três anos, Eloá, que foi arremessada contra o chão em uma rua do bairro Moreninha III, em Campo Grande. O caso chocou a população pela brutalidade e covardia com que aconteceu, o responsável pelo assassinato, identificado como Cecílio Martins Centurião Júnior, 34 anos, está preso.
De acordo com as informações, Cecílio passou pela audiência de custódia e teve a prisão mantida até a conclusão da investigação e também de uma perícia médica ao qual foi submetido. O sujeito sofre de esquizofrenia, inclusive, em 2012 foi considerado incapaz de ficar sozinho e foi interditado judicialmente.
Ele será alojado na ala psiquiátrica do Presídio de Segurança Máxima da Capital. A polícia apura se ele agrediu outras pessoas naquele dia. No depoimento, Cecílio foi questionado sobre a rotina dele, mas o sujeito não disse nada e permaneceu calado. Ele deve responder por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima.
O caso
Na quarta-feira (11), a mãe e a criança seguiam em direção à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) das Moreninhas quando Cecílio se aproximou, retirou a menina de dentro do carrinho de bebê, ergueu até a altura do seu pescoço e arremessou fortemente contra o chão.
O homem não disse nada em nenhum momento da ação. Populares que testemunharam a ação imobilizaram o meliante e acionara a Guarda Civil Metropolitana, que fez a prisão em flagrante. Eloá foi socorrida com vida, diagnosticada com Traumatismo Cranioencefálico (TCE), foi entubada na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta quinta-feira.
Um homem doente nas ruas
Cecílio, apesar de ter a interdição judicial decretada pela Justiça, estava solto há pelo menos três anos. A mãe dele, identificada como Vicenta Pereira, confirmou ao delegado responsável que o filho era um homem muito agressivo, nervoso e perigoso. Apesar destas condições, o sujeito vivia sozinho em uma casa alugada por ele próprio.
O homem recebe um salário mínimo do Governo Federal, através do programa LOAS. Com esse dinheiro, pagava o aluguel e comprava comida para o seu dia a dia. Como não trabalhava, passava a maior parte do dia perambulando no bairro. A mãe disse também que já foi agredia pelo filho e que ele toma remédios controlados a cada 12 horas.