Milagre realizado por Iemanjá fez surgir casa de oração em Campo Grande
Milagre, segundo o dicinionário online de português é um acontecimento extraordinário, incomum ou formidável que não pode ser explicado pelas leis naturais. E foi através de um episódio como este que deu origem a Associação Casa de Oração Caboclo Pena Branca, situada em Campo Grande, há quase 10 anos.
A ação divina atendeu aos pedidos da Mãe de Santo, Mary de Xangô, que viu a sua filha Albina ser diagnosticada pelos médicos, aos três anos de idade, com autismo e uma doença nos olhos que a faria perder totalmente a visão com o passar do tempo.
Com muita fé e devoção, Mary pediu para Iemanjá que a sua filha não deixasse de enxergar e, de uma forma inesplicável para a ciência dos homens, Albina, que hoje está com 34 anos, tem a visão preservada.
Nesta quinta-feira (02) é celebrado o Dia de Iemanjá. Conhecida por ser a Rainha do Mar, ela é cultuada tanto na umbanda como no candomblé, considerada como a mãe de quase todos os orixás.
Como parte das celebrações, em cidades que são banhadas pelo mar os devotos colocam pequenos barquinhos com presentes e oferendas para Iemanjá, que são levados pelas águas.
Em Campo Grande, onde não a praia, a celebração é feita de uma maneira diferente. De acordo com Simone Medina, da Associação Casa de Oração Caboclo Pena Branca, é oferendado um peixe de água salgada encontrado no comércio local.
“Nós fazemos a louvação no terreiro e oferecemos um peixe do mar, o salmão. Louvamos e esperamos três dias, depois costumamos levar a beira de um rio limpo, onde colocamos folha de bananeira e deixamos para ser entregue a mamãe Iemanjá”, explicou.
Para ela, Iemamjá é como uma grande mãe que dá proteção aos seus filhos. “É o meu porto seguro. Iemanjá, por ser considerada mãe de todos e a mãe dos orixás, ela acalenta a todos. Iemanjá e o mito do amor. Iemanjá e minha rainha, rainha do mar”, descreveu.
A Associação foi fundada em 2014 e registrada em 2019, sendo que a fundadora, Mãe Mary de Xango, segue a religião desde o seu nascimento, que aconteceu dentro de um centro de umbanda.
Além dos passes, banhos naturais e orientações espirítuais, a Casa luta contra o racismo, a intolerância religiosa, violência contra a mulher e defende os portadores de autismo. Entre as ações sociais está o projeto ‘Barriga Feliz’, que fornece marmita uma vez ao mês.
Ficou interessado e quer conhecer mais a Associação Casa de Oração Caboclo Pena Branca? A Casa está situada na rua Senador Queirós, 935, no bairro Jardim Leblon. Siga nas redes sociais pelo Facebook e Instagram.