Membros do TCE/MS são alvos de operação da PF por corrupção e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, estão deflagrando nesta terça-feira (8) a Operação Mineração de Ouro em Campo Grande, Sidrolândia e em Brasília (DF). A ação visa apurar os crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ao todo, 20 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos.
Entre os investigados estão servidores e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE/MS), com prerrogativa de foro. Os elementos probatórios foram encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a instauração de inquérito para apurar o possível envolvimento nos crimes investigados.
Dentre os endereços já visitados pela PF está o Edifício D’orsay, na rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, que pertence ao conselheiro Ronaldo Chadid; o escritório de advocacia de Vanildo Neves, irmão do conselheiro Valdir Neves; e também na agência de publicidade BW3, localizada no bairro Itanhangá Park. Neste locais, os agentes apreenderam documentos e até mesmo dinheiro em espécie.
Conforme a PF, a operação é resultado de informações obtidas no decorrer da Operação Lama Asfáltica, que resultou na prisão da alta cúpula do Governo do Estado na gestão do ex-governador André Puccinelli.
As ordens judiciais foram expedidas pelo STJ e, desde o início da manhã, 102 agentes da PF, além de servidores da CGU e Receita participam da Operação Mineração de Ouro
O nome da operação decorre de indícios de que a aquisição de direitos relacionados a mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro.