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Mato Grosso do Sul tem confirmado o 1º caso de Varíola dos Macacos

Foi confirmado nesta sexta-feira (15) o primeiro caso positivo de Varíola dos Macacos em Mato Grosso do Sul. De acordo com o comunicado divulgado pela Secretaria do Estado de Saúde (SES), o paciente é um homem de 41 anos, residente em Campo Grande.

A vítima apresentou sintomas de febre, pequenos caroços e feridas pela pele e nos órgãos genitais, sendo que os primeiros sintomas surgiram no dia 29 de junho, após retornar de uma viagem para São Paulo.

Ainda conforme a SES, apesar do diagnosticado, o paciente não precisou de hospitalização e seguiu em isolamento domiciliar acompanhado pelas autoridades de saúde da Capital. Atualmente, as lesões já estão cicatrizadas e não possuem mais o risco de transmissão.

“O exame foi realizado e confirmado pelo laboratório de referência localizado no estado do Rio de Janeiro. A Vigilância em Saúde do município e do Estado estão acompanhando o caso”, cita a SES em seu comunicado divulgado à imprensa

Até ontem (14), o Brasil registrava 310 casos positivos de Varíola dos Macacos, de acordo com a atualização do Ministério da Saúde. Deste total, 217 são procedentes do estado de São Paulo, 45 do Rio de Janeiro, 22 de Minas Gerais, seis do Paraná, quatro Goiás, quatro do Distrito Federal, três do Rio Grande do Sul, três do Ceará, três do Rio Grande do Norte, dois da Bahia e um Pernambuco. Ao todo, 58 países já registraram, ao menos, um caso da doença.

Casos suspeitos em MS

Até agora, segundo a SES, Mato Grosso do Sul investigou três casos suspeitos da Varíola dos Macacos. Destes, dois foram descartados pelas autoridades de saúde.

O primeiro foi o de um adolescente boliviano de 16 anos que ficou internado na Santa Casa de Corumbá. A segunda suspeita foi de uma criança de 2 anos, residente em Londres, no Reino Unido, mas que estava de passagem por Campo Grande quando ficou doente e apresentou os mesmos sintômas do vírus. Ela teve resultado negativo para Monkeypox.

Já o terceiro caso investigado foi o deste homem de 41 anos, que acabou se tornando também o primeiro registro positivo da doença de Mato Grosso do Sul.

Varíola dos Macacos

 

De acordo com o Instituto Butantan, a Varíola dos Macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

“A varíola dos macacos se espalha pela proximidade, cara a cara, pele a pele, contato direto. É assim que sempre foi descrito. Pode haver algumas coisas novas acontecendo neste surto agora. Não sabemos tudo. Ainda há muito o que aprender”, diz a OMS.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares
  • Dores musculares;
  • Gânglios (linfonodos) inchados;
  • Calafrios;
  • Exaustão.

Geralmente, de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, que costuma começar no rosto e se espalha para diversas partes do corpo. As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz.

Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.

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