Mato Grosso do Sul bate recorde em internações hospitalares por Covid-19
O número de pacientes de Covid-19 internados em hospitais de Mato Grosso do Sul chega, nesta sexta-feira (12), a 821 pessoas, recorde desde o início da pandemia. Esses dados se somam a outras estatísticas preocupantes que comprovam o avanço da doença no Estado. O comentário foi feito pelo secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, durante a “live” que o governo promove todas as segundas, quartas e sextas-feiras.
Os casos novos registrados nesta sexta-feira chegaram a 1.104, e os óbitos foram 26, ultrapassando a média móvel de 21.1 óbitos/dia. “São dados que preocupam e angustiam tanto a nós, que somos gestores estaduais, quanto os gestores municipais”, salientou o secretário. No total, desde o início da pandemia, já faleceram em decorrência da Covid-19, 3.563 pessoas em Mato Grosso do Sul.
“Quando anunciamos um número tão expressivo de óbitos, ficamos muito incomodados, porque sabemos que por trás dessas estatísticas existem histórias bonitas, famílias dilaceradas que estão hoje muito tristes, porque perderam seus entes queridos e nem tiveram a oportunidade de fazer uma despedida digna”, ressalta o secretário estadual de Saúde.
O que mais vem impressionando as autoridades é o número de internações hospitalares em Mato Grosso do Sul, quer seja em leitos clínicos, quer seja em leitos de UTI’. O Estado bateu, pelo segundo dia consecutivo, o recorde de internações.
Mesmo diante de todo o esforço do governo estadual e dos municípios na montagem de novos leitos clínicos e de UTI, o crescimento da doença tem levado à necessidade de que alguns desses pacientes tenham que ficar internados nos chamados leitos críticos, que são leitos improvisados, em locais como prontos-socorros, em áreas vermelhas ou em centros cirúrgicos.
Ressaltando a necessidade de observância às medidas de contenção, como o isolamento social, uso de máscaras e álcool 70 graus e até mesmo medidas mais restritivas como o toque de recolher, o secretário destaca a importância da vacina, lembrando que a taxa de letalidade também aumentou em Mato Grosso do Sul, chegando a 1.9. “Ou seja: de cada 100 pessoas que contraem a Covid-19, duas irão a óbito e mais de 60% dos casos são de idosos, daí o nosso esforço para vacinar essa faixa etária”, explica o secretário.
Toque de recolher
Mato Grosso do Sul terá, a partir de domingo, dia 14, um novo horário para o toque de recolher, que será das 20h às 5h, com circulação de pessoas e veículos somente em casos de urgência e emergência. A medida terá validade de duas semanas, seguindo até 27 de março. O objetivo é diminuir o número de casos e, consequentemente, a demanda por novos leitos hospitalares, tanto clínicos, quanto de UTI’s.
Durante o horário do toque de recolher, somente poderão funcionar os serviços de saúde, transporte, alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de gasolina e indústrias.
Neste período, aos sábados e domingos os serviços que não são classificados como de natureza essencial terão regime especial de funcionamento, somente podendo abrir e atender o público entre 5h e 16h.
Também com o objetivo de diminuir o risco de contaminação, está proibido realização de eventos, reuniões, shows e festividades em clubes, salões e afins em locais onde o espaço físico não permita o respeito às regras de biossegurança.