Mãe que matou a própria filha de 2 meses em MS tem prisão preventiva decretada
A jovem de 24 anos que foi presa, em flagrante, por jogar contra o chão e matar a própria filha de apenas dois meses de vida em Cassilândia vai continuar presa. Nesta terça-feira (03), ela teve a prisão convertida em preventiva na audiência de custódia.
Na decisão, o juiz responsável Vinicius Aguiar Milani descartou a substituição da prisão por tratamento médico ou necessidade de perícia médica ou instauração de incidente de insanidade mental. No seu entendimento, a ré apresenta bom estado de saúde.
O caso em questão aconteceu no último domingo (1º) e chocou a comunidade local pela brutalidade e frieza com que foi cometido. Ao prestar depoimento, o pai da vítima e marido da ré citou que a mesma sofre de problemas psiquiátricos e espirituais.
O casal está junto há pelo menos sete anos e sempre tiveram um bom relacionamento, apesar da situação clínica dela. Em sua versão, contou que a esposa se sentia culpada e sobrecarregada por conta dos problemas psicológicos.
No dia do ocorrido, ele tentou acordar a esposa para que pudesse dar de mamar para a filha, porém, ela levantou alterada do sofá e logo deixou a criança cair. Em seguida, a mulher bateu no homem, que decidiu pedir ajuda ao pai dela.
Quando a mulher viu o seu pai, ela saiu correndo para fora da casa com a filha, sendo alcançada uma quadra depois pelo marido. No ato, segundo ele, a esposa começou a balançar a criança pelas pernas até jogá-la contra o chão.
Ele mesmo resgatou a filha e levou a esposa de volta para casa e, em seguida, um outro homem levou o recém-nascido para a Santa Casa de Cassilândia. No local, durante atendimento, os médicos suspeitaram de que se tratava de maus-tratos e chamaram a polícia.
O bebê morreu logo depois de dar a entrada médica, com vários hematomas pelo corpo. Inicialmente, o marido e pai da vítima tentou proteger a mãe, mas foi confrontrado e confessou os detalhes do ocorrido.
A mulher chegou a tentar fingir que havia desmaiado, mas foi acordada e presa pela polícia. Em depoimento, ela confessou que segurou a criança no colo e saiu correndo porque estavam tentando impedir que ela matasse a bebê.
A mulher também detalhou que cometeu o crime porque precisava “libertar uma amarra espiritual” em relação ao companheiro e à filha. Ela disse ainda que, por impulso, sentiu a necessidade de cometer o ato. Ela será encaminhada para um presídio.