Justiça pede fiança de R$ 10 mil a guarda preso por acidente que matou motociclista
Responsável pelo acidente de trânsito que vitimou o soldado do Exército Brasileiro Fernando Pereira da Silva Filho, de 21 anos, o guarda municipal Adriano Ferreira da Silva, de 32 anos, terá que pagar uma fiança à Justiça na ordem de R$ 10 mil para ser liberado da cadeia e responder ao processo em liberdade.
Na manhã desta segunda-feira (28), o servidor municipal passou pela audiência de custódia que, além de estipular o valor da fiança, também determinou que ele cumpra uma série de medidas restritivas, como por exemplo não sair de casa após às 22 horas. Por enquanto, o guarda permanecerá alojado na cela da 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, no bairro Carandá Bosque.
A defesa dele, com apoio do Sindgm-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), tentará reduzir o valor da fiança e também alterar as medidas restritivas. De acordo com o presidente da entidade representativa, Hudson Bonfim, o salário de um guarda civil municipal é de R$ 2 mil em média e, além do mais, ele trabalha no período noturno e não poderia cumprir a medida restritiva.
Guarda diz que acionou socorro e que não estava bêbado
O acidente aconteceu na manhã de sexta-feira (25). Na sua versão, Adriano disse que seguia normalmente pela Rua Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo, prolongamento da Avenida Presidente Ernesto Geisel, no sentido bairro-centro, quando o veículo Celta dirigido por ele apresentou um problema mecânico, forçando-o a parar no acostamento.
Momentos depois, após consertar o carro, fez uma conversão e não viu a motocicleta guida por Fernando devido a um caminhão que estava atrás. Momento em que houve a batida da moto na lateral do veículo. Adriano alegou também que não fugiu do local e que teria acionado o socorro médico logo depois do impacto.
Em sua defesa, disse que deixou o local do acidente por apresentar fortes dores no ombro ocasionadas pela batida e que estava sob a escolta de uma guarnição da própria Guarda Civil Metropolitana. Quanto a lata de cerveja vazia apreendida no automóvel, o servidor respondeu que havia sido consumida em outro dia. Exames não acusaram a presença de álcool nele.