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Justiça nega volta de Jamil Name para presídio de Campo Grande

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quinta-feira (19) que Jamil Name não será mais transferido para o Sistema Penitenciário Estadual de Campo Grande. A decisão provisória, é do ministro Rogério Schietti Cruz.

Jamil Name, detido durante a Operação Omertà, está preso no Presídio Federal de Mossoró (RN) e tinha conseguido a transferência na Justiça Federal do Rio Grande do Norte, alegando problemas de saúde e falta de condições de tratamento na unidade.

Um colegiado de três juízes de Campo Grande recorreu ao STJ e conseguiu que essa transferência fosse suspensa. O mesmo ministro também negou o direito de Jamil Name ter a prisão temporária convertida em domiciliar.

Na última terça-feira (17) o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Juri de Campo Grande, Aluizio Pereira dos Santos, aceitou a denúncia contra os empresários Jamil Name e seu filho, Jamil Name Filho, o Jamilzinho, e outros cinco acusados que viraram réus por envolvimento no assassinato do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. A denúncia contra os sete e definiu que nos dias 2 e 3 de março de 2020 serão ouvidas as testemunhas de acusação do processo.

Jamil e Jamilzinho são suspeitos de chefiarem a suposta milícia do jogo do bicho que agia em Mato Grosso do Sul. A organização criminosa, conforme a força-tarefa que investiga a atuação do grupo, tinha como alvo o pai do jovem, o capitão da reserva da PM, Paulo Roberto Xavier, e acabou matando o jovem por engano.

O estudante Matheus Xavier, de 19 anos, foi morto no dia 9 de abril deste ano, com tiros de fuzil AK-47, no bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande, — Foto: Redes Sociais
O estudante Matheus Xavier, de 19 anos, foi morto no dia 9 de abril deste ano, com tiros de fuzil AK-47, no bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande, — Foto: Redes Sociais

O advogado de Jamilzinho, Fábio Gregório, diz que a denúncia é uma estratégia dos acusadores. “Fazerem denúncias sucessivas, sem conteúdo significativo, num autêntico lawfare, contra Jaime Name Filho e seu pai. As provas não são robustas e é mais um capítulo de um farsa jurídica e policial que será desmontada com a verdade dos fatos”.

Esse é o quarto processo em que integrantes da suposta milícia viram réus, o primeiro por homicídio.

Além de pai e filho também foram denunciados por envolvimento no crime outros cinco suspeitos de integrarem a milícia: o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, que seria um dos gerentes do grupo; do ex-guarda civil Marcelo Rios, outro gerente e encarregado da guarda do arsenal da milícia; de Eurico dos Santos Mota, hacker contratado para monitorar o capitão da reserva da PM Paulo Roberto Xavier, e dos dois homens que teriam participado diretamente do assassinato, os ex-guardas municipais José Moreira Freires, o Zezinho, e Juanil Mirana Lima

*Por G1 MS

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