Após muita luta interna e conflitos milionários, os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que aconteceriam em julho e agosto, foram adiadas em um ano pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A decisão foi anunciada nesta terça-feira (24) pelo primeiro-ministro japonês, Abe Shinzo, após conversar por telefone com o presidente do COI, Thomas Bach.
Na sequência, através de um comunicado oficial, o COI confirmou a decisão.
“Na circunstância presente, e baseado na informação providenciada pela Organização Mundial da Saúde, o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da 32ª Olimpíada em Tóquio devem ser reagendados para uma data para além de 2020, mas não além do verão de 2021, para garantir a saúde de atletas, todos envolvidos nos Jogos e a comunidade internacional.”
Com a medida de hoje, essa é a primeira vez na história que a realização dos Jogos Olímpicos são adiadas. Até então, o evento esportivo mais importante do planeta já havia sido cancelado em outras três ocasiões, 1916, em virtude da Primeira Guerra Mundial, e em 1940 e 1944 devido a Segunda Guerra Mundial.
O adiamento do Jogos ocorre em virtude da pandemia do novo coronavírus, a doença já está presente em todos os continentes (menos a Antártida), 349 mil pessoas foram infectadas e mais de 15 mil morreram por consequência da doença. 170 países já registraram a presença do vírus.
Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia e recomendou o regime de quarentena para evitar a proliferação, vários atletas, federações esportivas e comitês nacionais vinham fazendo pressão sob o COI para que adiasse a realização dos Jogos Olímpicos para 2021, entretanto, as autoridades vinham segurando a decisão tendo em vista o alto custo que a remarcação do evento traria para o país-sede, Japão.