DestaquesPolicial

Jamilzinho e Marcelo Rios terão novo júri, agora pela morte de ‘Playboy da Mansão’

Recém-condenados a 23 anos de prisão em regime fechado pela morte do estudante Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, em crime ocorrido no dia 09 de abril de 2019 em Campo Grande, os réus Jamilson Name (Jamilzinho) e o ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios irão passar por um segundo Tribunal de Júri Popular em breve.

Isso porque a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) decidiu manter o julgamento popular do grupo que matou Marcel Costa Hernandes Colombo, vulgo Playboy da Mansão, que foi assassinado em outubro de 2018 em uma cachaçaria na Rua Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande.

Nesse caso, além do duo já citado, também serão julgados o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira e o policial federal aposentado Everaldo Monteiro Assis. O acórdão ainda não foi publicado em diário oficial e o júri também não tem data marcada para acontecer, mas a expectativa é que ocorra ainda em 2024.

Playboy tinha uma desavença com Jamilzinho ocorrida dentro de uma boate de Campo Grande, em 2016, dois anos antes do assassinato, segundo apontou a investigação do caso. A vítima teria sido executada por Juanil Miranda de Lima, pistoleiro do grupo chefiado por Jamil Name e Jamil Name Filho.

Em março de 2022, houve sentença para que eles passem por júri popular. Na decisão, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, determinou que Jamil, Everaldo, Rafael e Marcelo sejam julgados por homicídio qualificado, por motivo torpe e sem meio de defesa e ainda pela tentativa de homicídio de Tiago do Nascimento Bento, que foi ferido no dia do crime.

O julgamento que confirmou a decisão ocorreu nessa terça-feira (25) e analisou o pedido dos réus para que não fossem levados ao Tribunal do Júri, mas, por unanimidade, os desembargadores rejeitaram as preliminares e, no mérito, negaram provimento aos recursos. A decisão ainda cabe apelação.

O relator dos recursos foi o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, que assumiu o posto de novo relator da Operação Omertà. Também votaram os desembargadores José Ale Ahmad Netto e Emerson Cafure. Este último substituiu o ex-presidente da corte, desembargador Carlos Eduardo Contar, que se declarou suspeito e deixou a relatoria da Omertà.