Já usada em muitos lugares, a Terapia Assistida por Animais pode ser estimulada em Campo Grande
Em alta em vários países do mundo, a Terapia Assistida por Animais (TAA) deve ganhar incentivos em Campo Grande. Um projeto de lei que trata do assunto foi protocolado na Câmara Municipal e estabelece diretrizes para que seja oferecido como um tratamento terapêutico complementar para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Terapia Assistida é uma das práticas que vêm sendo utilizadas para amenizar as dores de pacientes e pessoas envolvidas no tratamento de doenças ou lesões. Na prática, envolve o contato do paciente com animais, em busca do processo de melhora ou cura, proporcionando momentos de alegria e de descontração ante ao ambiente estressante de um hospital.
Pela proposta, o tratamento terapêutico complementar deverá ser oferecido para pessoas com deficiências, síndromes e TEA (Transtorno do Espectro Autista), além de idosos institucionalizados. O programa poderá ser implantado em instituições públicas ou particulares, podendo ainda ser realizada em outro lugar, de forma coletiva ou individual.
A matéria cita que o treinamento dos animais deverá ser efetivado através de convênio com Prefeitura, Polícia Militar e Polícia Civil ou por meio de parcerias com o setor privado, desde que realizado o treinamento por adestrador com formação específica. A proposta também prevê o incentivo da adoção de animais abandonados para treinamento.
Em outro artigo, o PL permite que o animal possa ser adotado, em definitivo, pelo paciente beneficiário do tratamento. “Caso a instituição adotante do referido animal observe a criação de elevado vínculo de amizade entre animal e paciente, poderá ser efetuada a adoção responsável do referido animal, para acompanhamento do paciente no âmbito familiar”, diz o Projeto de Lei.
O vereador André Luis (Rede), autor do projeto, frisou que a terapia assistida por animais promove saúde física, social e emocional. “A presença do animal desperta no paciente o desejo de interação, o que acaba por desenvolver habilidades de comunicação, conexão, demonstração de afeto, dentre outras”, pontuou.
Clique aqui para conferir o Projeto de Lei. Por agora, a proposta será analisada pelas comissões permanentes da Câmara Municipal para, somente então, ir à votação no plenário em dois turnos. Caso seja aprovada, segue para sanção da prefeita Adriane Lopes (Patriota), que também pode decidir por vetar o texto.