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Investigado na Omertá, deputado Jamilson Name coloca tornozeleira eletrônica

O deputado estadual Jamilson Name já está utilizando a tornozeleira eletrônica. O equipamento de monitoramento foi instalado em sua perna na terça-feira (02), após determinação da Justiça pelo fato de o parlamentar ser um dos investigados na Operação Omertá, que apura a existência de uma organização criminosa em Campo Grande responsável pelo assassinato de várias pessoas e também pelo funcionamento do Jogo do Bicho.

Os trabalhos legislativo de 2021 na Assembleia Legislativa foram iniciados na terça-feira (02). Ele não participou da solenidade, mas em entrevista a um site de notícias de Campo Grande afirmou que irá trabalhar normalmente na Casa de Leis, mesmo fazendo uso da tornozeleira. A própria ALEMS deve analisar a situação do deputado nesta quarta-feira (03).

A defesa do deputado já entrou com recurso pedindo o habeas corpus. Na semana passada, ele teve negado pela Justiça o pedido de que pudesse manter o contato apenas com a sua madrasta, a ex-vereadora Tereza Name e também com o seu assessor de gabinete Eronivaldo Silva Vasconcelos Júnior, mantendo-se a cautelar de proibição de contato com outros acusados e testemunhas da operação Omertá.

Na última sexta-feira (29), a Justiça tinha definido um prazo de 24 horas para que Jamilson se apresentasse à Unidade Mista de Monitoramento Virtual de Mato Grosso do Sul para colocar a tornozeleira eletrônica. Ele também foi obrigado a entregar o seu passaporte, está impedido de deixar o País e ainda deve se recolher em sua casa no período noturno.

Filho do bicheiro Jamil Name e irmão mais novo de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, o deputado estadual Jamilson Name é suspeito de fazer parte da organização chefiada pelo pai, que está preso desde o ano passado em Mossoró (RN), acusado de chefiar uma organização criminosa ligada ao jogo do bicho, homicídios, extorsão, corrupção de agentes públicos e tráfico de armas.

Nas fases da Operação Omertá, descobriu-se que o título de capitalização Pantanal Cap, de propriedade do deputado Jamilson Name, estaria sendo usado para arrecadar fundos que custeavam as ações ilegais da organização familiar. A investigação também apontou que desde a prisão de Jamil e Jamil Filho seria Jamilson quem estaria comandando o grupo.

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