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Indígena que matou a própria neta a obrigando tomar óleo de motor vai continuar preso

O indígena de 60 anos que foi preso em flagrante no domingo (27) por ter provocado a morte da própria neta em uma aldeia de Aral Moreira teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta terça-feira (29). O idoso negou os fatos durante o depoimento.

Segundo a investigação, em um primeiro momento ele disse que não teve qualquer contato físico com a neta, de 10 anos e portadora de necessidades especiais. Entretanto, mudou a versão logo depois e disse que havia dado comida para ela.

Também alegou que tinha ido para a roça durante o dia e que, ao chegar em casa horas depois, não encontrou ninguém. Mas depois disse que chegou a dar um copo de água para a menina, que estava sozinha e sem a mãe por perto.

A juíza plantonista Tatiana Decarli atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual (MPMS) e manteve o réu preso alegando ser necessário por conveniência da instrução criminal e pela ordem pública, já que o delito praticado é de gravidade anormal com grande abalo.

Testemunhas disseram para a investigação do caso que o indígena tem problemas com bebidas alcoólicas, sendo comum vê-lo bêbado e por vezes agressivo com os filhos e netos. Ele já teria ameaçado a filha, que é a mãe da criança morta.

Essa mesma filha, de 34 anos, alegou em depoimento que no sábado saiu da casa com o filho mais novo, de 5 anos, após ter sido ameaçada de morte pelo pai. E que iria voltar para buscar a filha de 10 anos no outro dia.

No entanto, no domingo, por volta das 8h, quando retornou para buscar a filha, a encontrou vomitando um líquido de cor preta que imagina ser óleo de motor. O caso foi denunciado para a liderança indígena local, que fez a prisão do suspeito até a chegada da polícia.

O caso

Um crime bárbaro chocou a população da pequena cidade de Aral Moreira no domingo (27). Uma criança de 10 anos morreu após ter sido obrigada pelo próprio avô, de 60 anos, a tomar óleo de motor automotivo na Aldeia Guayvyri.

De acordo com a Polícia Civil, por volta das 14h30min a liderança indígena informou que uma menina de 10 anos havia sido morta pelo avô materno na aldeia.

Por razões não informadas, o avô forçou a neta a beber óleo de motor usado. A criança era portadora de necessidades especiais e apresentava mobilidade reduzida.

Os próprios moradores da aldeia, após o cometimento do crime e com a orientação da liderança do local, capturaram o autor e aguardaram a chegada da Polícia Civil.

Após a prisão em flagrante, o autor foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, ficando à disposição da justiça.

Denúncias para a Delegacia de Aral Moreira podem ser feitas pelos telefones: (67) 3488-1270 e (67) 99346-2176 (whatsapp).

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