Indígena foi morto pelos próprios filhos e genro que queriam ficar com o seu dinheiro
Em uma ação rápida, a polícia conseguiu prender quatro pessoas por envolvimento no assassinato do indígena Alonço Cabreira, de 89 anos, cujo corpo foi encontrado na manhã desta quarta-feira (30) caído em um paredão de uma antiga pedreira próxima à Aldeia Bororó, em Dourados. Os suspeitos são os próprios filhos e o genro da vítima.
De acordo com as informações, os filhos de 20, 22 e 25 anos, juntamente com o genro, de 19, mataram o próprio familiar apenas para poder roubar um dinheiro que ele pegou emprestado na sexta-feira (25).
A vítima foi vista por último na segunda-feira (28), quando foi almoçar na casa de um dos seus filhos. Depois disso, ele não deu mais nenhum sinal de vida. Um dia antes, houve desentendimento entre os filhos e o pai, que queriam ficar com o dinheiro dele.
O caso deve ser classificado como latrocínio (roubo seguido de morte). Ainda de acordo com a investigação, os quatro presos são usuários de drogas e teriam roubado o indigena para poder comprar entorpecentes.
A faca usada no crime foi apreendida e a dinâmica aponta que Alonço foi morto com golpes no pescoço e no peito, tendo o seu corpo deixado na pedreira, coberto por uma vegetação. Ele também teria sido agredido antes de ser morto.
O corpo foi encontrado nesta manhã (30), por volta de 11h, quando um grupo de crianças brincavam na antiga pedreira e encontraram os restos mortais, já em decomposição.
Chamou a atenção o fato de que neste mesmo local a filha caçula da vítima, Raíssa, de 11 anos, foi estuprada e morta no ano de 2021 em um crime bárbaro que chocou a população local pela covardia e violência.